Portugal financia-se a 10 anos ao custo mais baixo de sempre

O IGCP financiou-se em 483 milhões de euros a 10 anos, tendo conseguido a taxa mais baixa de sempre. No total, Portugal emitiu um total de 1.207 milhões de euros, com uma forte procura.
Cristina Casalinho IGCP
Bruno Simão
Sara Antunes 09 de Maio de 2018 às 10:44

O IGCP emitiu esta quarta-feira, 9 de Maio, 483 milhões de euros numa emissão de dívida a 10 anos, tendo conseguido uma taxa de 1,67%, o que corresponde à taxa mais baixa de sempre. A última vez que Portugal fez uma emissão a 10 anos foi em Março, tendo conseguido uma taxa de 1,778%, o anterior mínimo histórico.

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Portugal consegue assim reduzir o custo em novos financiamentos. Na emissão com uma maturidade a 10 anos a redução foi de 10,8 pontos base, sendo que, na verdade esta emissão não é bem comparável, uma vez que o IGCP emitiu obrigações que vencem em Outubro de 2028, o que significa que esta dívida tem uma maturidade um pouco superior a 10 anos.

Portugal financia-se ao custo mais baixo de sempre

Na emissão a cinco anos, o IGCP emitiu 724 milhões de euros, com uma taxa de 0,529%. Em Fevereiro, na última emissão a cinco anos foi acordada uma taxa de 0,577%.

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No total, Portugal emitiu  um total de 1.207 milhões de euros neste duplo leilão, ficando dentro do limite que tinha sido definido (entre 1.000 e 1.250 milhões).

A procura dos investidores neste duplo leilão foi forte, tendo, na emissão a 10 anos a procura sido de 2,28 vezes a oferta e na emissão a cinco anos de 2,79 vezes. 

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"As duas emissões correram melhor do que o esperado, quer em termos de taxa, quer quanto à procura. As taxas foram mais baixas do que estávamos à espera: não só foram mais baixas do que as dos últimos leilões comparáveis como foram até inferiores àquilo que o mercado secundário está a fazer", realça Filipe Silva, director da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, numa nota enviada às redacções.

(Notícia actualizada com mais informação.)

(Correcção: No último parágrafo a citação foi atribuída a Filipe Garcia, quando é de Filipe Silva. Pedimos desculpa aos visados)

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