Bancos internacionais reforçam aposta na dívida portuguesa
Os analistas do Bank of America Merrill Lynch e do Natwest juntaram-se ao coro de vozes que recomendam a exposição à dívida nacional. Portugal deverá beneficiar dos reinvestimentos em dívida do BCE, bem como da instabilidade que assola Espanha e Itália.
Os estrategas do Bank of America realçam que Portugal deverá estar melhor posicionado par beneficiar do reinvestimento por parte do Banco Central Europeu (BCE) dos investimentos que atinjam a maturidade.
Já os analistas do Natwest consideram que Portugal poderá ser o grande beneficiário da incerteza que impera em Itália e Espanha.
Estes bancos de investimento juntam-se assim a outras, como o Citigroup ou o JPMorgan, que têm emitido notas de análise onde consideram que a dívida portuguesa parecer ser uma boa aposta no atual contexto. E as justificações são as mesmas: instabilidade política em Espanha e Itália e o reinvestimento em dívida por parte do BCE.
E, de facto, as taxas de juro associadas à dívida nacional têm vindo a cair nos últimos tempos, com a "yield" a 10 anos a negociar mesmo em mínimos de quatro anos. A taxa de juro está a descer esta segunda-feira, 1,6 pontos base para 1,546%, o que corresponde ao valor mais baixo desde março de 2015.
Muitas casas de investimento consideram, também que o spread da dívida nacional face à alemã tem espaço para ser reduzido. Atualmente ronda os 144 pontos base, mas os analistas acreditam que o prémio de risco das obrigações portuguesas poderá diminuir.
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