O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) oferece atualmente 19 cursos de mestrado, em diferentes áreas científicas de atuação, dando resposta a um leque variado de profissões. "Os mestrados nas áreas da saúde, das ciências empresariais, formação de professores e engenharia de produção têm revelado uma procura muito elevada, com taxas de preenchimento muito próximas dos 100%", começa por afirmar Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, prosseguindo: "São cursos muito ligados à especialização profissional, como são os casos da Enfermagem, Fisioterapia e formação de professores, essenciais para o ingresso/progressão na profissão."
No que diz respeito às ciências empresariais e engenharia, as motivações para fazer um mestrado prendem-se com a necessidade de "reconversão profissional", pois vários estudantes querem mudar de carreira. Outro objetivo é o "upskilling", para responder às exigências laborais, que obrigam à "aprendizagem ao longo da vida e à reconfiguração do portefólio de competências para vencer no mercado de trabalho".
Para fazer frente às necessidades do mercado estão previstas novidades para 2020/21 no IPS, com a abertura do "mestrado de Gestão em Hotelaria de Saúde e Bem-Estar, em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril". Este curso – refere Pedro Dominguinhos – proporciona formação especializada de recursos humanos na área do turismo, respondendo ao crescimento acentuado deste setor em Lisboa e Setúbal, com clientes internacionais e exigentes. "É um curso inovador, pois junta também a área da saúde."
O IPS encontra-se igualmente a aguardar a aprovação do curso de mestrado em Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento. Trata-se de uma oferta inovadora, "construída em parceria com o maior grupo privado português, com a duração de um ano, dirigido a profissionais, e que responde à oportunidade aberta pelo Decreto-lei 65/2018, para além de responder aos desafios colocados pela internacionalização e digitalização das cadeias de abastecimento".
Número de estudantes aumentou mais de 35% desde 2016
Indagado se o Instituto tem registado nos últimos anos um maior número de alunos a inscreverem-se nos seus cursos de mestrado ou pós-graduação, responde afirmativamente. "Desde 2016 o IPS assistiu a um crescimento relevante no número de estudantes a frequentar os seus cursos de mestrado e pós-graduações, passando de cerca de 700 para mais de 1.000 neste ano letivo, o que significa um crescimento de mais de 35%."
Registe-se que os mestrados oferecidos pelo IPS se distinguem em três áreas. "A primeira, na sua orientação profissionalizante, com conteúdos adequados e alinhados com as exigências do mercado de trabalho, e que se traduz numa taxa de empregabilidade de quase 100%", assegura Pedro Dominguinhos e continua: "A segunda, pela possibilidade de ligar os estudos à investigação aplicada, através da participação em projetos de investigação em curso." E a terminar: "A terceira radica em metodologias ativas de ensino/aprendizagem, como problem/project based learning, simulações, escrita de artigos científicos ou projetos de intervenção organizacional, de resposta a desafios colocados pelas empresas e demais organizações."
Parcerias importantes com politécnicos e universidades
O IPS tem várias parcerias com empresas, organizações, escolas secundárias, profissionais e com as instituições de ensino superior. Neste último caso, nos politécnicos e universidades, Pedro Dominguinhos destaca o mestrado em Enfermagem da Escola Superior de Saúde, com os politécnicos de Beja, Castelo Branco, Portalegre e com a Universidade de Évora, um projeto inovador e único no panorama nacional que disponibiliza as diferentes especializações da profissão e conta anualmente com mais de 150 estudantes, com funcionamento em quatro locais distintos desde o seu início (Évora, Setúbal, Portalegre e este ano em Beja), promovendo formação, investigação e a melhoria dos serviços de saúde.
Ainda no campo da saúde, refere o mestrado em Fisioterapia, parceria com a Faculdade de Ciências Médicas e a Escola Nacional de Saúde Pública, ambas da Universidade Nova de Lisboa. Este mestrado tem permitido o desenvolvimento da investigação e de vários projetos, como o SPLIT, que testou com sucesso uma nova metodologia nos pacientes com lombalgia.
Recorda ainda a recente parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com resultados visíveis na abertura de um mestrado em conjunto, no desenvolvimento de um projeto financiado pela FCT, que juntou as câmaras de Setúbal e de Cascais ao nível da governança do Turismo, e no financiamento do Centro de Investigação em Turismo (CITUR) pela FCT, no recente concurso de financiamento das unidades de I&D.