Foto em cima: "Queremos democratizar o acesso à saúde mental", destacou João Francisco Lima.
"Poucos portugueses têm um Plano Poupança Reforma (PPR), mas ainda menos pensam na saúde mental dessa forma", referiu o orador. "Como podemos criar um PPR para a nossa saúde mental?"
O especialista apresentou três pilares fundamentais para esta abordagem: preservar, promover e reagir. A preservação envolve práticas essenciais como alimentação equilibrada, exercício físico e higiene do sono. "Sabemos o que devemos comer para o corpo, mas e para a mente?", questionou o orador. Já a promoção diz respeito à melhoria ativa da saúde mental, através de práticas como meditação, escrita de um diário ou exposição à luz solar. "Assumimos que a nossa saúde mental se mantém estável, mas precisamos de a promover tal como treinamos o corpo para estar mais forte", sublinhou.
A reação, por sua vez, é crucial para enfrentar desafios inevitáveis. Partilhando a experiência pessoal da perda do pai por suicídio, João Francisco Lima explicou a importância da aceitação e do autoconhecimento. "O momento mais difícil foi aceitar a realidade. Contudo, percebi que podia escolher como lidar com ela: deixar que me consumisse ou transformá-la numa força." Foi essa transformação que o levou a criar a MindMatch, uma plataforma que visa facilitar o acesso a profissionais de saúde mental, ajustando o acompanhamento às necessidades individuais de cada pessoa.
Com uma abordagem assente na tecnologia e personalização, o orador pretende "usar a inovação para que mais pessoas se sintam compreendidas". Por isso, a MindMatch aposta em metodologias que otimizam a relação entre pacientes e terapeutas, tornando os processos mais eficientes e acessíveis. "Queremos democratizar o acesso à saúde mental, tornando-a tão natural e essencial como qualquer outro aspeto do nosso bem-estar", concluiu.