Para Sofia Amorim, key account manager da i2S, foram os investimentos em tecnologia feitos nos últimos anos pelo setor segurador na digitalização que "permitiram que estas empresas acelerassem a sua adaptação, quando emergiu este problema provocado pela covid-19".
Sem esta preparação transformadora, não teria sido possível a proteção dos colaboradores, "permitindo-lhes o teletrabalho, a agilização e a digitalização dos sistemas, com VPN e ligações seguras, com boas velocidades de internet para manter a produtividade, não pondo em causa o serviço ao cliente".
Na sua análise esta flexibilidade foi comum às companhias de seguros, aos agentes, e outras áreas da economia, que assim conseguiram reinventar ou reajustar os seus negócios para manter a proximidade com o cliente, "que acaba por em muitas situações ser maior do que a que teríamos em outras situações", sublinha Sofia Amorim.
Todavia, alerta que se deve garantir que estes aspetos positivos, que se retiram deste "momento em que vivemos, se mantêm, que se prossigam estas boas práticas e estes bons ensinamentos e que estão a ter bons resultados".
Roadmap tecnológico
A gestora assinalou ainda a importância de a digitalização ser complementada por outras tecnologias que também são fundamentais nesta situação excecional. Estas têm vindo a ser trabalhadas por vários intervenientes e que fazem parte do roadmap de evolução tecnológica da i2S.
Sofia Amorim referia-se a tecnologias como a RPA (Robotic Process Automation), que permite a gestão de grande volume de informação para a qual as empresas não estariam preparadas para responder em tempo útil, devido ao afluxo anormal de informação. Deu como exemplo a banca com as questões de pedido de adiamento de pagamentos de empréstimo, "mas com estas tecnologias conseguem agilizar e ter processos mais automáticos que permitem responder com a celeridade que é necessária nestes tempos", referiu Sofia Amorim.
A conclusão da key account manager da i2S foi a de que "manter um serviço próximo ao cliente, flexibilizando e procurando entender as suas necessidades e responder da melhor forma, mostra que, de forma global, as empresas em Portugal já se vinham a preparar para esta evolução tecnológica, e assim conseguiram, num momento de crise, continuar com o serviço, com o cuidado e a preocupação do cliente no centro".