As poupanças sem retorno
À falta de capacidade de fazer face a todas as despesas mensais e ainda poupar junta-se a falta de conhecimentos para saber gerir esse dinheiro da forma mais eficiente. Dinheiro parado, não rende! E mais: perde valor! Um euro é um euro, é verdade, mas se ontem pagava um café, hoje pode já não ser suficiente para pagar a tradicional "bica".
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Onde é que poupa quem poupa? Essencialmente, nos depósitos. Aos milhares de milhões de euros que as famílias têm à ordem, parados, a perderem valor, juntaram-se, nos últimos meses, alguns milhares de milhões de euros em depósitos a prazo. Sim, depois da correria aos certificados de aforro, veio a correria aos depósitos a prazo, atrás de juros de 2% e 3%.
Os juros dos depósitos subiram, subiram, mas poucos chegaram a pagar mais do que a inflação. Ou seja, mesmo após as subidas, o retorno real foi, ou é, uma miragem. E a subida das remunerações desta tradicional aplicação financeira também o parece. Foi, como se diz, "sol de pouca dura".
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Com o Banco Central Europeu a ganhar a batalha contra a inflação, vislumbra-se a inversão do ciclo. Os juros vão baixar, mas já estão, na realidade, a descer, no custo do crédito, sim, mas também na remuneração dos depósitos a prazo, sem que na realidade as famílias tenham conseguido tirar real partido das taxas elevadas promovidas por Christine Lagarde.
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Quem poupa, quem quer ter a poupança a render, tem que saber usar os instrumentos certos para o fazer, e que se adequem ao seu perfil, necessidades e objetivos. Depois o tempo faz o resto. É preciso tempo para poupar! Há toda uma indústria financeira que desde há muito tem produtos desenhados a pensar nestas poupanças, capazes de dar resposta às necessidades de cada um.
Há ações, há dívida, há matérias-primas, há divisas. Há de tudo um pouco para investir, para rentabilizar o que se poupa. E tudo deve fazer parte de uma poupança já que a diversificação é uma das chaves do investimento. E essa diversificação não deve, claro, esquecer o imobiliário, tão valorizado pelos portugueses para quem a posse de um imóvel se assume como um desígnio.
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Para investir no imobiliário não é preciso comprar um imóvel, nem ser milionário. Há, hoje, toda uma indústria profissionalizada, conhecedora de todos os números que é preciso saber, e com a capacidade financeira para com as poupanças de muitos fazer os melhores negócios. E não investem no imobiliário construídos para as famílias viverem, mas sim no imobiliário comercial, mais estável, mais rentável e capaz, este sim, de garantir que as poupanças de quem investe têm efetivamente retorno. E estes são retornos reais.
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