Os três elementos-chave de um ETF de renda fixa
Existem três elementos-chave que todos os investidores deveriam conhecer para compreender totalmente as vantagens deste tipo de veículos de investimento.
Normalmente, um ETF de renda fixa replica um índice
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Apesar de existirem alguns ETF de renda fixa de gestão activa, vamos centrar-nos nos produtos indexados que, no geral, procuram replicar o comportamento de um índice e que constituem a maioria dos ETF de obrigações que existem.
Tal como os índices bolsistas, os índices de renda fixa tendem a concentrar-se num segmento específico do mercado, como sectores concretos, "ratings" de crédito ou prazos de maturidade. Os índices de renda fixa combinam estes elementos de diferentes maneiras, o que permite que os investidores tenham acesso a segmentos do mercado de obrigações, tanto aos mais amplos como aos mais específicos, através dos ETF que os replicam. É fundamental entender o índice subjacente para conhecer as posições que mantemos num ETF de renda fixa.
O preço actual de um ETF de renda fixa pode ser consultado a qualquer momento e actualiza-se ao longo do dia num mercado bolsista determinado.
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Enquanto alguns investidores valorizam o facto de que com os ETF se pode realizar o "intraday trading", é possível que outros não queiram aproveitar em momento algum esta característica. O simples facto de os ETF de renda fixa se negociarem em bolsa continua a ser uma vantagem para estes últimos, já que oferece uma transparência de preços num mercado que, de outra forma, seria opaco.
As obrigações individuais negoceiam-se em mercados não organizados ("over the counter", OTC), ou seja, onde os compradores e vendedores negoceiam individualmente para alcançarem um acordo. Como tal, pode ser difícil controlar o comportamento das obrigações e os preços podem variar muito de um corretor para outro. Por outro lado, os investidores podem saber os preços de execução dos ETF de renda fixa num mercado bolsista determinado durante todo o período de negociação. É possível conhecer o preço a que se pode comprar e vender os ETF, o que permite tomar decisões mais fundamentadas na hora de investir em renda fixa, fornecendo informação valiosa e útil ao investidor. Isto pode ser especialmente importante durante os períodos em que os mercados flutuam com rapidez ou os segmentos do mercado de obrigações apresentam uma fraca liquidez. Simplesmente por simplicidade operativa, pode ser interessante vender um único veículo diversificado no caso de se pretender aumentar a liquidez da carteira em vez de vender múltiplas obrigações.
Os ETF de renda fixa são geridos por uma pessoa (às vezes, várias).
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Um equívoco muito comum sobre os ETF de renda fixa é que simplesmente mantêm todos os títulos presentes no índice que replicam, portanto, não é necessário um gestor de carteiras.
Os índices de renda fixa podem conter centenas e até milhares de obrigações, algumas das quais são ilíquidas ou têm um volume de negociação limitado. Por isso, um gestor de ETF de renda fixa deve estruturar uma carteira de modo a que replique o índice da forma mais fiel possível, com os títulos que estão disponíveis num determinado momento. Isso pode ser especialmente difícil em algumas situações, mas um bom gestor conseguirá minimizar os desvios do índice constantemente para que os investidores possam obter a exposição que desejam. Técnicas como a inclusão de obrigações no mercado primário e não esperar adquirir no secundário quando incorporado no índice (para fazer a escala da gestão é relevante) são práticas habituais para minimizar os custos de transacção e replicar o desempenho do índice.
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