Os gurus sabem
Benjamin Graham, Martin Zweig, William O"Neil, Warren Buffett, James O"Shaughnessy, Joseph Piotroski e John Neff.
Fazer de macaco de imitação, em vez de tentar inventar uma nova estratégia apenas para demonstrar inteligência e elevadas capacidades criativas, é uma decisão que terá proporcionado frutos compensadores a quem a tomou. Pelo menos, é a esta conclusão que se é conduzido quando se observa a rendibilidade das carteiras de acções que o "Investidor Privado" começou a construir há dois anos, seguindo os critérios daqueles sete magníficos do investimento em bolsa.
Os resultados são impressionantes. E mais, ainda, para aqueles investidores que, massacrados com o pobre desempenho médio das acções cotadas em Lisboa nos tempos mais recentes, estejam plenamente convencidos de que, actualmente, apenas há três tipos de intervenientes nos mercados de acções: os que estão a perder dinheiro, os que estão a perder muito dinheiro e os que, se estão a ganhar, é porque não passam de mentirosos.
Acontece que os números, tal como o algodão, não enganam. Em dois anos, o pior desempenho obtido pelas acções seleccionadas através das metodologias dos sete gurus foi o ganho médio anual de 13% "registado" por John Neff. Por cada cem euros investidos há 24 meses nas empresas identificadas de acordo com as lições do autor de "On Investing", o bolo teria agora crescido para 126 euros. Tendo em conta que, no mesmo período, o PSI 20 não conseguiu melhor do que uma subida de 1,45%, mesmo a estratégia com resultados mais modestos revelou-se competitiva.
Como o sonho de qualquer investidor é o de maximizar a rendibilidade das aplicações que realiza, John Neff pode, ainda assim, não satisfazer os espíritos mais exigentes, ou gananciosos, consoante a perspectiva. Para estes, o pai de todos os mestres, oráculo de nomes como Warren Buffett, é o nome a registar. Desde Julho de 2009, quando o "Investidor Privado" publicou a primeira edição de "Invista como os gurus", a estratégia de Benjamin Graham evidenciou uma rendibilidade anual de 44%. Ficam escassas dúvidas de que o título da obra de referência deste guru, "The Intelligent Investor", não é um exagero atribuível a um qualquer "marketeer" apenas preocupado em vender livros.
Já aqui se escreveu que, num mercado globalizado, não há motivos para os investidores se resignarem perante o débil comportamento da bolsa portuguesa. Se optam por esta atitude, devem queixar-se de si próprios. E aprender com quem sabe.
Mais lidas