Ações do grupo Alibaba sobem 8% em estreia na bolsa de Hong Kong

As ações do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba subiram hoje mais de 8%, na estreia na Bolsa de Valores de Hong Kong, cidade que atravessa uma das suas piores crises políticas de sempre.
Jack Ma, Alibaba
Reuters
Lusa 26 de Novembro de 2019 às 10:13

A meio da tarde de hoje na China, as ações do Alibaba estavam a ser negociadas a 190,45 dólares de Hong Kong (22,08 euros). O preço de oferta inicial fixou-se em 176 dólares de Hong Kong.

 

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O grupo, fundado pelo homem mais rico da China, Jack Ma, entrou para a História em 2014, quando realizou a maior oferta pública inicial de ações de sempre em Wall Street, mas escolheu agora Hong Kong para arrecadar fundos e impulsionar o seu desenvolvimento global.

 

A oferta de 500 milhões de novas ações realizada hoje arrecadou mais de 11 mil milhões de dólares (10 mil milhões de euros) - a maior entrada na bolsa de Hong Kong desde 2010 e um impulso raro para a cidade após meses de crise política.

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O diretor executivo da Bolsa de Valores de Hong Kong, Charles Li, elogiou a empresa pela decisão em optar por Hong Kong.

 

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"Estou muito agradecido por o Alibaba, depois de cinco anos longe, finalmente ter voltado a casa. Também estou grato pela escolha ter sido feita apesar das dificuldades e desafios que Hong Kong enfrenta", apontou, em comunicado.

 

O código de ações da empresa é 9988, um homónimo em chinês para "prosperidade eterna".

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Os líderes chineses procuram incentivar os gigantes tecnológicos a serem cotados mais perto de Pequim, após o Alibaba ou o gigante da internet Baidu terem escolhido Wall Street.

 

A Bolsa de Hong Kong mudou as suas regras nos últimos anos para permitir que uma empresa seja cotada em dois lugares diferentes.

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Fundado em 1999, o grupo Alibaba aproveitou ao máximo o 'boom' do comércio eletrónico na China: as suas várias plataformas de comércio 'online' contam hoje com 785 milhões de utilizadores mensais no país asiático.

 

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Nos próximos cinco anos, o grupo pretende alcançar mil milhões de consumidores na China - o país mais populoso do mundo, com cerca 1.400 milhões de habitantes. Até 2036, a meta do grupo é chegar aos 2.000 milhões de consumidores em todo o mundo.

 

Este mês, o grupo registou um novo valor recorde de vendas no maior festival de compras do mundo, o "Dia dos Solteiros", celebrado na China a 11 de novembro pelos quatro 'um' que combinam nesta data (11/11), que afigura assim a condição de solteiro.

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No total, as plataformas do grupo faturaram 35 mil milhões de dólares no espaço de 24 horas, um aumento de 26%, em relação ao ano passado.

 

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No conjunto, 200.000 marcas, incluindo cerveja ou vinhos portugueses, aderiram à iniciativa este ano, oferecendo descontos nos seus produtos.

 

"À medida que o mundo se converte numa economia digital (...), a globalização é o futuro do grupo Alibaba", disse o presidente executivo (CEO) do grupo, Daniel Zhang, na sua carta aos investidores.

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