Botas no terreno? A discussão está na praça pública
O novo ministro da Defesa, Nuno Melo, tomou posse esta terça-feira com uma discussão a acontecer na praça pública sobre o regresso do serviço militar obrigatório. O Executivo não poderá ignorar o tema, numa altura em que as Forças Armadas estão a perder milhares de elementos e a Europa se depara com uma guerra na Ucrânia que pode alastrar. Militares e antigos ministros alertam para a fragilidade do dispositivo de defesa do país e pedem uma reflexão urgente sobre o caminho a seguir para atrair mais jovens para os três ramos militares. O modelo do serviço nacional de cidadania, prestado pelos jovens à saída do ensino secundário, que já existe em outros países da NATO, é o que merece mais consenso. Mas é preciso valorizar já os salários e as carreiras, sublinham.
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Ser militar já não é uma opção interessante para a maioria dos jovens portugueses. Ao longo dos anos, tem sido cada vez mais difícil reter e atrair elementos nos três ramos das Forças Armadas. Esta falta de recursos humanos põe em causa a defesa e a soberania do país, numa altura em que há uma guerra na Europa. O alerta tem vindo a ser feito por algumas altas patentes militares, que querem uma discussão pública sobre o regresso do serviço militar obrigatório (SMO) ou um outro modelo adaptado à realidade atual.
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