Mário Moura: De Sr. Doutor, passámos a ser o funcionário
Está no seu consultório de medicina do trabalho em Setúbal e é médico da Secil há mais de quatro décadas. Mário Moura recebeu o prémio Miller Guerra, instituído pela Ordem dos Médicos e pela Fundação Merck Sharp Dohme, pela sua dedicação aos doentes.
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Tem uma barba muito branca, um pólo amarelo e recebeu o prémio Miller Guerra por 60 anos dedicados aos doentes. Pela sua dimensão humanista. Mário Moura tem 85 anos, mora em Setúbal, e por lá fez todo o seu percurso pela medicina familiar. Pelo meio, converteu-se ao cristianismo, fundou um jornal combativo, fez parte da comissão de trabalhadores da Secil, foi ajudante de cirurgiões no Hospital do Espírito Santo. Uma vez, catequizou o anestesista, internou doentes e passou um dia a operá-los. "Queria demonstrar que tinha boas mãos". Amealhou títulos como "Clínico Geral do Ano", recebeu, em 1994, a "Medalha Hipócrates" pela Societas Internationalis Medicinae Generalis. E, em 1998, o Presidente da República Jorge Sampaio entregou-lhe a comenda de Grande Oficial da Ordem do Mérito da República.
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