Enquanto o mundo se distraiu com a guerra das tarifas, Netanyahu fez o que quis na Faixa de Gaza. A situação nunca esteve tão difícil, afirma Joana Ricarte, investigadora em relações internacionais do Centro de Estudos Interdisciplinares (CEIS20) da Universidade de Coimbra, que tem estudado o conflito israelo-palestiniano. Há mais de 40 dias que não entra ajuda humanitária e percebe-se que está em curso "um ataque claro às estruturas de sobrevivência em Gaza". Perante tudo isto, a União Europeia tem optado por um "silêncio ensurdecedor", apesar de ser o maior dador da Palestina. O cheque de 1,6 mil milhões de euros que Bruxelas anunciou que vai entregar à Autoridade Palestiniana não chega, defende. É preciso que o bloco europeu assuma uma posição de contenção de Israel, através de sanções e do bloqueio à compra de produtos israelitas.