Manuela Gonzaga: António Variações não deitou o passado fora, tinha orgulho dele e cantava-o
A historiadora Manuela Gonzaga conheceu o cantor em 1982 quando trabalhava como jornalista na publicação “Música & Som”. Anos depois viria a escrever a biografia “António Variações: Entre Braga e Nova Iorque”, que volta agora a ser editada, numa versão actualizada, pela Bertrand.
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As paredes da sala eram verdes e o espaço acumulava móveis e candeeiros arte nova ou déco, brinquedos artesanais e peças de vestuário feminino. Manuela Gonzaga recorda o dia em que entrou na casa de António Variações. "Tudo aquilo podia correr muito mal e ser de muito mau gosto e tudo aquilo era lindíssimo e deslumbrante. A casa dele era uma instalação. Ele era uma instalação." A historiadora conheceu o cantor em 1982 quando trabalhava como jornalista na publicação "Música & Som". Anos depois viria a escrever a biografia "António Variações: Entre Braga e Nova Iorque", que volta agora a ser editada, numa versão actualizada, pela Bertrand. A história de Variações é também a História de Portugal e uma história das mentalidades. E é nelas que Manuela Gonzaga tem focado a sua atenção. Natural do Porto, a escritora viveu em Moçambique, partiu para Angola, voltou a Portugal, morou no Algarve a agora vive em São Pedro do Corval. Assume-se como activista e chegou a ser pré-candidata à Presidência da República apoiada pelo PAN, com o lema "Liberdade Incondicional". Encontrámo-nos em Lisboa.
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