A experiência que oferece aos clientes, a sua prática internacional e multissetorial e o rico portefólio fazem com que a Blue Screen seja um caso de sucesso, como explica o seu managing founder, Frederico Faria de Oliveira.

Que balanço faz de 25 anos de atividade?

Os 25 anos da Blue Screen podem ser divididos em duas fases distintas. Na primeira, durante os primeiros 12 anos, a empresa desenvolveu a sua atividade alinhada com a visão e as necessidades dos seus clientes. Na segunda fase, aplicou todo o conhecimento acumulado — tanto tecnológico como de negócio — na criação de soluções robustas, escaláveis e orientadas para servir um número crescente de clientes, incluindo organizações de maior dimensão.

O vosso crescimento tem sido sustentado?

Sim, o crescimento da Blue Screen tem sido claramente sustentado. Entre 2012 e 2024, o crescimento médio anual (CAGR) das principais rubricas financeiras foi bastante expressivo: as vendas e os serviços prestados cresceram cerca de 20% ao ano, acompanhados por um aumento proporcional nos gastos com pessoal, refletindo tanto o reforço da equipa como a valorização salarial. O resultado operacional cresceu a uma média de 32% ao ano, enquanto o resultado líquido aumentou 36% anualmente, evidenciando uma melhoria significativa na eficiência e rentabilidade da empresa.

O que distingue a Blue Screen de outras empresas de consultoria de TI, desenvolvimento de software e manutenção de sistemas?

A Blue Screen IT Solutions distingue-se pela adoção de metodologias ágeis e pelo uso de plataformas low-code e pela sua forte especialização em Legal Tech. Conta com uma experiência internacional e multissetorial, com um portefólio que inclui grandes grupos económicos. A empresa destaca-se ainda pela implementação de soluções SaaS multiempresa, altamente customizáveis, sempre com foco nas necessidades específicas dos clientes.

Pode explicar, sucintamente, os principais produtos da Blue Screen — o LMS e o XPressBSS — e a sua evolução?

O LMS – Legal Management System é uma solução avançada de gestão processual, concebida para centralizar e automatizar a administração de processos legais, especialmente em contextos de recuperação de dívidas e contencioso. Permite a gestão integrada de dados, documentos, prazos e tarefas, com workflows configuráveis e integração com parceiros externos, como escritórios de advogados. Desenvolvido em OutSystems, é altamente customizável e indicado para empresas com departamentos de apoio jurídico, sociedades de advogados, bancos, seguradoras, empresas de gestão de ativos e administradores de insolvência.

E o XPressBSS?

O XPressBSS – Customized Resource Planner é uma plataforma de gestão empresarial desenvolvida em low-code, que integra módulos ERP/EDI adaptáveis às necessidades específicas de cada organização. Caracteriza-se pela simplicidade de utilização, mobilidade, capacidade de internacionalização e uma visão abrangente sobre recursos, custos e receitas. Esta solução é ideal para empresas que pretendem reduzir custos, acelerar a implementação tecnológica e apoiar a transformação digital. Adaptável a múltiplos setores, o XPressBSS promove a eficiência e a digitalização em organizações de diferentes dimensões e geografias. Destacam-se, como setores suportados “out-of-the-box”, os serviços e consultoria, logística e transporte, e leilões, embora a plataforma possa ser facilmente personalizada para outros segmentos específicos.

Fale-nos da parceria com a OutSystems. Quais os objetivos e benefícios?

A parceria com a OutSystems, na qual a Blue Screen é certificada como Delivery Partner e ISV/MSP, é estratégica. Esta certificação garante a competência técnica das equipas e reforça a capacidade da empresa em desenvolver soluções robustas e inovadoras. A parceria permite acesso a recursos exclusivos, acelera o crescimento e diferencia a Blue Screen no mercado, promovendo a inovação contínua e a criação de valor para os clientes.

Quais são os principais mercados nos quais a Blue Screen está presente?

A Blue Screen tem seguido uma estratégia mista de crescimento, combinando o desenvolvimento do negócio em Portugal com a exportação, sobretudo para a Europa. A empresa aposta na criação de valor local, mantendo em Portugal o conhecimento, a formação e os salários, enquanto comercializa internacionalmente soluções com propriedade intelectual própria, contribuindo assim para o crescimento económico nacional.

A empresa tem planos de expansão para outras geografias?

Sim. Embora a sede e a base operacional se mantenham em Lisboa, estão a ser realizados estudos de mercado com foco no Médio Oriente, onde têm surgido oportunidades orgânicas promissoras. A expansão internacional é uma prioridade estratégica a médio e longo prazo.

Quais são as expectativas para os próximos 25 anos?

Num setor tão dinâmico como o da tecnologia, cinco anos já representam um horizonte de longo prazo. A Blue Screen ambiciona ampliar a sua base de clientes SaaS, alcançar a liderança no segmento de software legal empresarial com o LMS, e expandir a sua presença internacional, especialmente junto de grandes grupos económicos e multinacionais. O foco continuará a ser a inovação, a excelência técnica e a criação de valor sustentável.