Mestrados e pós-graduações são uma enorme vantagem competitiva no currículo de um profissional. Se, no início de carreira, facilitam o acesso a oportunidades relevantes, mais tarde garantem a atualização dos profissionais num mercado em constante evolução. O Grupo Jerónimo Martins não é alheio a esta realidade e não só valoriza, como investe na formação dos seus quadros. Joana Loureiro, head of talent Acquisition & Employer Branding, e Paulo Jesus, head of Learning and Innovation, explicam porquê.
Quais as vantagens, hoje, de ter um mestrado ou uma pós-graduação?
Joana Loureiro - Os mestrados e as pós-graduações são extremamente importantes no mercado de trabalho, principalmente no início da carreira. São especializações que podem diferenciar os candidatos e facilitar o seu acesso a oportunidades relevantes. Por outro lado, pelo tipo de desafios a que expõem os alunos, conferem-lhes uma maior maturidade para abraçarem a entrada numa nova fase das suas vidas. Para quem já tem experiência profissional, a frequência deste tipo de formação é também muito vantajosa, permitindo a consolidação ou atualização de conhecimentos adquiridos, a aquisição de novos conhecimentos e a exposição a outras formas de pensar. Acreditamos que cada colaborador pode criar a sua própria jornada de desenvolvimento na Jerónimo Martins, contando com as oportunidades que o grupo disponibiliza, nomeadamente ao nível de formação.
Acredita que, seja no tecido empresarial português, seja no Grupo Jerónimo Martins, há uma valorização desse tipo de formação?
Joana Loureiro - Sem dúvida de que a formação superior, e em particular os mestrados e as pós-graduações, são elementos valorizados no tecido empresarial português. A sua valorização é naturalmente dependente do setor, da área de formação e também da fase de carreira em que um dado candidato ou colaborador se encontra. Particularmente no que se refere ao nosso grupo, no âmbito do processo de recrutamento, analisamos três dimensões muito relevantes, para além do fit cultural: a experiência profissional, o percurso académico e as competências pessoais. Quanto mais desenvolvidas estiverem estas dimensões, mais relevante será o perfil do candidato. Nesse sentido, a dimensão académica sai beneficiada caso o candidato tenha um mestrado ou uma pós-graduação.
O Grupo Jerónimo Martins tem um programa de captação de jovens talentos. Esta formação é um fator diferenciador na escolha dos candidatos? E nos novos colaboradores?
Joana Loureiro - Concretamente no que se refere aos nossos programas de talento jovem, a importância e necessidade de um mestrado ou pós-graduação depende de cada programa. No caso do Summer Internship Programme, em que oferecemos a possibilidade de realizar um estágio de verão no grupo, procuramos normalmente estudantes que estejam a meio do seu percurso universitário, pelo que a pós-graduação ou o mestrado não são critérios considerados. Quando falamos de um programa como o Retail Dive In, que antecede o programa de trainees, temos como critério obrigatório o mestrado (concluído ou em fase de conclusão da tese). No que se refere ao recrutamento de novos colaboradores para funções específicas, apesar de valorizarmos o mestrado e a pós-graduação, a experiência dos candidatos e a adequação do seu perfil à organização acabam por ser os fatores determinantes.
A faculdade onde se estudou é importante para o grupo?
Joana Loureiro - Apostamos na diversidade de experiências e de formação académica. É através desta diversidade que conseguimos os melhores resultados em equipa, pois cada um pode contribuir com as suas próprias competências e conhecimentos, acrescentando valor ao resultado final. Recrutamos perfis provenientes de diversas áreas de formação e universidades. Pela diversidade do nosso negócio, as áreas de formação não são necessariamente determinantes para o percurso no grupo. Por exemplo, alguém que tenha estudado gestão ou finanças poderá seguir um percurso fora da área financeira.
O Grupo Jerónimo Martins considera uma vantagem ter gestores nos seus quadros com mestrados ou pós-graduações? Oferece aos seus trabalhadores este tipo de formação?
Paulo Jesus - Somos um grupo que aposta muito nas suas pessoas e as desenvolve ao longo do seu percurso na organização. O foco no desenvolvimento das nossas equipas leva-nos a capacitar continuamente os colaboradores através de uma oferta formativa integrada e a dotar as lideranças com as ferramentas necessárias para suportar o desenvolvimento de cada um. Investimos em particular na formação executiva. Além dos programas criados e desenvolvidos internamente pelas nossas equipas, temos também programas customizados para o Grupo Jerónimo Martins, desenvolvidos em parceria com universidades de referência como, por exemplo, com a Católica, NOVA, Kellogg, IMD, CCL, Kozminsiki, Los Andes, etc. Em paralelo, apoiamos também a participação dos colaboradores em programas abertos em inúmeras instituições de ensino nacionais e internacionais, em linha com as necessidades de desenvolvimento de cada um.
O que mais valorizam neste tipo de formação?
Paulo Jesus - Valorizamos a especialização associada aos mestrados e pós-graduações que, no caso de áreas muito técnicas, pode representar um fator diferenciador. A experiência de um mestrado ou pós-graduação pode ser muito enriquecedora para a organização pela partilha de contribuições muitas vezes disruptivas e alavancadas em estudos e acompanhamento das melhores práticas do mercado. A formação de executivos permite, em parceria com universidades de referência, estabelecer programas que dão resposta a necessidades muito particulares da organização, colocando os colaboradores na linha da frente da construção da evolução do grupo. Estas têm também a vantagem de trabalhar de forma mais personalizada cada colaborador, contribuindo diretamente para o seu desenvolvimento individual.