Perdas de água no Algarve abaixo da média nacional
A presidente da ERSAR, Vera Eiró, acredita que a falta de água no sul do país “não se vai manter eternamente”. Mas avisa que se não houver uma melhor gestão “terá mesmo de ser introduzida limitação ao consumo”.
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Apesar de as perdas de água se terem reduzido em Portugal em 2022, pela primeira vez em cinco anos, o país ainda “desperdiça” por ano (em fugas e extravasamentos) cerca de 184 mil milhões de litros de água, mostram os dados mais recentes da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). É o equivalente a encher oito piscinas olímpicas por hora e o suficiente para abastecer um quarto da população portuguesa. É ainda 2,5 vezes mais do que as necessidades de consumo urbano do Algarve (74 mil milhões de litros em 2023) e 1,4 vezes o volume da barragem de Odeleite, calcula o regulador. Para os municípios, esta água perdida traduz-se em custos de 83 milhões de euros por ano, faltando ainda contabilizar as perdas associadas a outros setores, como a agricultura, responsável por mais de 80% dos gastos em Portugal.
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