Acordos com China: Costa destaca investimentos industriais e científicos e exportações de bens alimentares
O primeiro-ministro considerou hoje que a visita a Portugal do Presidente chinês teve resultados "concretos", destacando investimentos previstos no país em áreas industriais e científicas, e a abertura às exportações de carne de porco e uvas.
PUB
Este balanço do ponto de vista económico foi apresentado por António Costa após ter presidido em conjunto com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, à assinatura de 17 acordos bilaterais, no Palácio de Queluz, no concelho de Sintra.
PUB
Tendo ao seu lado Xi Jinping, e numa declaração sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, António Costa salientou a ideia de que os acordos bilaterais, que momentos antes tinham sido assinados, envolveram não apenas os dois governos, mas também instituições universitárias, autarquias e empresas dos dois países.
PUB
Dos acordos assinados, o primeiro-ministro português começou por se referir ao memorando de entendimento para a participação de Portugal na chamada "Rota da Seda", iniciativa chinesa na área das infra-estruturas.
PUB
"A conectividade entre a Europa e a Ásia deve traduzir-se não só ao nível da rota marítima, mas também se deve desenvolver ao nível das ligações aéreas entre os dois países", disse, numa referência indirecta ao facto de a Capital Airlines, companhia chinesa, ter deixado de efectuar voos directos entre Lisboa e Pequim.
No plano financeiro, António Costa congratulou-se pelo facto de a agência de notação financeira chinesa ter passado a considerar como elegível a dívida portuguesa para emissões de dívida em yuans, o que permite "uma diversificação das fontes de financiamento da economia portuguesa".
PUB
"Por outro lado, podemos colaborar na internacionalização do yuan", completou, antes de se referir à importância da abertura do mercado chinês à importação de produtos nacionais como a carne de porco ou a uva de mesa.
PUB
De acordo com o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, a abertura do mercado chinês pode representar cerca de 100 milhões de euros ao ano e torna mais independentes os produtores portugueses face a eventuais variações de preços com origem no mercado espanhol.
Na sua declaração, o primeiro-ministro falou, depois, em novos investimentos chineses em projectos de "raiz", apontando a relevância do plano para a instalação de uma unidade de serviços partilhados em Matosinhos, que permitirá criar 120 postos de trabalho logo na fase inicial.
PUB
"São muito importantes também os acordos para projectos conjuntos como o Starlab, para microssatélites - um primeiro passo de produção industrial mista -, mas também ao nível de áreas industriais dos sectores automóvel e da mobilidade eléctrica", acrescentou António Costa.
Saber mais sobre...
Saber mais Palácio de Queluz Portugal do Presidente António Costa primeiro-ministro português Xi JinpingMais lidas
O Negócios recomenda