BE: Subida de "rating" só foi possível porque se fez o contrário do que diziam as agências

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou que foi precisamente por se ter "feito o contrário do que as agências de rating" aconselhavam que se conseguiram os resultados que permitiram que Portugal saísse do "lixo".
Catarina Martins Convenção Bloco de Esquerda
Miguel Baltazar
Lusa 15 de Setembro de 2017 às 23:54

"Há um reconhecimento da melhoria da economia portuguesa e é um alívio sobre a dívida pública portuguesa. E tudo o que for uma boa notícia para o país, ainda bem", começou por afirmar a líder bloquista aos jornalistas durante uma acção de pré-campanha nas Festas da Moita, a propósito da decisão da subida do 'rating' de Portugal por parte da Standard and Poor's (S&P).

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No entanto, segundo Catarina Martins, esta melhoria só foi possível por se ter "feito o contrário do que as agências de rating diziam", ou seja, promover melhores salários, melhores pensões, parar privatizações e proteger serviços públicos.

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"Se há algo a retirar desta decisão é que realmente as agências de rating sabem pouco do que dizem e o que se provou é que é o caminho que faz melhorar a vida das pessoas que melhora as condições do país", defendeu.

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Para a líder do BE "é inegável" que o que a direita, FMI, Comissão Europeia e as agências de rating vaticinavam, ou seja, "que a economia portuguesa ficaria melhor se fossem cortados salários, pensões e serviços públicos, prova-se que as próprias agências de rating reconhecem que estavam erradas".

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"Porque foi quando acabámos com os cortes nos salários e nas pensões, foi com o aumento do salário mínimo nacional, foi com o fim das privatizações, com a protecção dos serviços públicos que a economia começou a crescer e levou as próprias agências de rating a rever a sua posição", justificou.

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Catarina Martins desvalorizou a posição assumida esta noite pelo líder do PSD, que considerou que se não tivesse havido uma alteração de governo, "muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente". "Passos Coelho também dizia que era preciso cortar 600 milhões de euros todos os anos das pensões para que o rating mudasse. Fizemos o oposto disso e ainda bem", referiu apenas.

 

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Segundo a coordenadora bloquista, é preciso "tirar consequências" destes passos, sendo evidente aquele que o BE quer seguir: "tendo um caminho que protege mais as pessoas, é seguramente o caminho para um crescimento económico que seja sustentado".

 

A agência de notação financeira Standard and Poor's (S&P) tirou hoje Portugal do 'lixo', revendo em alta o 'rating' atribuído à dívida soberana portuguesa de 'BB+' para 'BBB-', um primeiro nível de investimento.

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Com esta revisão em alta para 'BBB-', com perspectiva 'estável', Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de 'rating' mundiais.

 

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Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating 'BB+', a nota mais elevada de não investimento, com uma perspectiva 'estável'.

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