Dívida pública terá em 2017 a maior redução em 19 anos, diz Centeno
Mário Centeno afirmou esta noite, em entrevista ao Telejornal na RTP1, que a dívida pública vai diminuir este ano. "Vai reduzir-se, isso é uma certeza. A própria S&P já faz referência a isso", disse.
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"No fim do ano, prevemos ter a dívida pública em 127,7% do PIB. Em relação ao final do ano passado, será a maior redução em 19 anos da dívida pública em percentagem do PIB", sublinhou o ministro das Finanças.
A contribuir para esta meta está o reembolso de uma Obrigação do Tesouro com maturidade em Outubro, no valor de seis mil milhões de euros. "Em Outubro vamos pagar seis mil milhões de euros e o Estado já se endividou para fazer face a essa exigência", afirmou.
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A convicção de Centeno é a de que "a dívida pública vai cair nos próximos anos de forma consecutiva, até estabilizar todas as condições de financiamento da economia portuguesa".
Descongelamento das carreiras: medida difícil mas que vai ser implementada
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Mário Centeno referiu ainda que "temos também uma medida que já estava prevista no programa de governo e que é o descongelamento das carreiras". "Esse é um aspecto crucial para o desenvolvimento profissional dos trabalhadores da função pública, pois as carreiras estão congeladas há oito anos".
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"Estamos a devotar muitos recursos à análise e adequação desta medida, que é difícil mas vai ser implementada. Os enfermeiros vão estar também enquadrados na dimensão do congelamento das carreiras", frisou o governante, dizendo que "é possível" acomodar algumas das reivindicações desta classe - que tem nova greve marcada, agora para 3, 4 e 5 de Outubro.
"Vamos ver como decorrem as negociações, não quero antecipar resultados finais", destacou.
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IRS: Vai haver desagravamento fiscal em todos os escalões
Questionado sobre as notícias de uma reunião e tentativa de acordo entre o Ministério das Finanças e o PCP e Bloco de Esquerda em relação ao próximo Orçamento do Estado e sobre se há viabilidade de um acordo em relação aos escalões do IRS, Centeno respondeu que "fizemos o mesmo tipo de reuniões para os dois Orçamentos anteriores. As reuniões de agora têm a mesma natureza".
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"Vai haver esta reunião e outras, numa óptica construtiva, como tem acontecido em todos os outros momentos de debate e negociação, visando a redução da carga fiscal. E o OE2018 vai ter, pelo terceiro ano consecutivo, uma redução carga fiscal centrada nos rendimentos do trabalho – tal como prometido no programa de governo", acrescentou.
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"Esse objectivo é inequívoco. Vamos trazer um alívio adicional da carga fiscal. A sobretaxa vai ser eliminada e todos os escalões do IRS vão ser desagravados no próximo ano", salientou o ministro das Finanças.
(notícia actualizada às 21:29)
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