Exportação de bens revista em baixa ainda sem o efeito Brexit
As empresas portuguesas prevêem aumentar em 1,3% a exportação de mercadorias em 2016, um valor ligeiramente abaixo (0,1 pontos percentuais) da estimativa indicada em Novembro do ano passado.
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Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, esta revisão em baixa fica a dever-se "integralmente" às perspectivas mais pessimistas sobre a evolução das vendas para fora da União Europeia. Os empresários estimam agora uma quebra de 1,5% no final do ano, o que representa uma descida de 1,6 p.p. face à primeira previsão.
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Já no que toca ao comércio com a União Europeia, a previsão das exportadoras portuguesas é que aumentem 2,3% no final de 2016. Face à previsão feita em Novembro do ano passado, os empresários até estão mais confiantes – regista-se uma melhoria de 0,5 p.p. –, embora o INE assinale que este inquérito foi realizado em Maio, ou seja, antes do referendo que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia e que está a assustar as empresas nacionais.
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O "diferente comportamento, face ao esperado, na generalidade dos mercados de destino já clientes, tanto no comércio Intra-UE como no Extra-EU" é o principal motivo invocado pelas empresas inquiridas para haver agora uma quebra nas perspectivas. Em relação a Novembro, o principal destaque vai para o decréscimo transversal previsto pelas exportadoras de produtos alimentares e bebidas: -2,9% nos países europeus e -3,2% no resto do mundo.
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Se forem excluídos destas contas os combustíveis e lubrificantes, a progressão das vendas de bens portugueses nos mercados internacionais pode ascender a 3,4% no final deste ano. E neste cenário registam-se crescimentos tanto no espaço comunitário (3,8%) como fora das fronteiras da União Europeia (2,1%).
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"Por Grandes Categorias Económicas, destacam-se as perspectivas de aumento das exportações de máquinas, outros bens de capital e seus acessórios para países Extra-UE (+9,7%), enquanto nas exportações Extra-UE de material de transporte e acessórios, as empresas esperam uma redução (-6,4%). No Comércio Intra-UE salienta-se o crescimento esperado nas exportações de máquinas, outros bens de capital e seus acessórios de +7,6%", detalha ainda o INE.
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Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto, Portugal continua a exportar a um ritmo inferior ao do ano passado. Em Maio, a venda de bens ao exterior caiu 0,7% face ao mesmo mês de 2015, acumulando já um recuo de 2,3% entre Janeiro e Maio. A boa notícia é que as importações estiveram igualmente em recuo, e a um ritmo mais acelerado, o que permitiu um alívio da balança comercial portuguesa.
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