Exportações portuguesas desaceleram no pior mês desde agosto

As exportações portuguesas aumentaram 0,9% em fevereiro, face ao mesmo mês do ano passado, o que traduz uma desaceleração face à subida de 4% registada no primeiro mês do ano, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quinta-feira.

 

 

Esta evolução é também a mais fraca desde agosto do ano passado, mês em que as vendas de Portugal ao estrangeiro deslizaram 5,1% em termos homólogos.

 

 

Já as importações aumentaram 3,4% face a fevereiro de 2019, a maior subida desde outubro.

A justificar a subida das exportações esteve o forte aumento de 44,2% nas vendas ao exterior de combustíveis e lubrificantes, sem os quais as exportações portuguesas teriam diminuído 1,1%. Do lado oposto, a maior diminuição foi na venda de Fornecimentos Industriais (-5,7%).

 

No que respeita às compras ao estrangeiro destaca-se sobretudo o material de transporte (principalmente aviões), proveniente de França, cujo crescimento foi de 17,5%.

 

Assim, o défice da balança comercial de bens registou um aumento de 170 milhões de euros face ao mês homólogo de 2019, atingindo 1.547 milhões de euros em fevereiro de 2020. Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 1.130 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 251 milhões de euros em relação a fevereiro de 2019.

 

No que respeita às variações face ao mês anterior, em fevereiro as exportações e as importações diminuíram respetivamente 5,1% e 3,4%, depois das subidas de 12,5% e 11,1%, em janeiro "o que em parte poderá estar relacionado com o facto de fevereiro ter menos dois dias úteis que janeiro de 2020", justifica o INE.

 

Considerando os principais destinos das exportações portuguesas no ano passado, em fevereiro destacaram-se os aumentos para Espanha (+5,8%) e França (+8,2%) e a diminuição para Angola (-33,1%), principalmente resultado da diminuição de Fornecimentos industriais.

 

Nas importações destaca-se o aumento de França (+28,3%) e a diminuição da Alemanha (-6,5%) e da Rússia (-61,7%).

(Notícia atualizada às 11:40)