Fabricantes automóveis preparam-se para quebra maior nas vendas europeias
O número de veículos entregue caiu 6,6% no primeiro mês do ano, o que compara com um abrandamento das vendas de 1,4% em 2011, refere a Bloomberg que cita dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.
Os fabricantes debatem-se com a quebra da procura de automóveis, com a crise orçamental a levar as famílias a preterirem a compra de carros devido à incerteza para a economia. Este é já o quinto ano consecutivo em que a Toyota e a BMW prevêem quebras das suas vendas, sendo que, este ano, ambos os fabricantes antecipam quebras de 5% nas vendas, refere a agência noticiosa norte-americana.
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“O mercado está muito difícil”, disse o responsável europeu da Toyota, Didier Leroy, citado pela Bloomberg em declarações feitas durante o Salão Internacional do Automóvel de Genebra. “O início do ano foi ainda pior em termos de mercado do que se esperava há alguns meses”.
O mau desempenho da economia europeia também chega a provocar prejuízos nas operações europeias de alguns fabricantes. A General Motors, dona da Opel, teve um prejuízo de 747 milhões de dólares nas suas operações do Velho Continente, durante o ano passado. Recentemente anunciou planos para se aliar à PSA Peugeot Citroën, de forma a que os dois fabricantes possam reduzir custos.
A Fiat, que controla o Grupo Chrysler, mantém-se em negociações “contínuas” com a Suzuki e a Mazda, enquanto a BMW procura uma parceria para o mercado norte-americano, refere a Bloomberg.
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A Ford prevê perdas de 600 milhões de dólares, este ano, na Europa e está a interromper a produção em alguns dias para reduzir a dimensão dos seus “stocks” automóveis, segundo anunciou Stephen Odell, ontem, na feira automóvel da Suiça.
“Claramente, a procura está no limite inferior ou mesmo abaixo das nossas expectativas”, disse o responsável da Ford, citado pela agência noticiosa norte-americana. “Francamente, é quase impossível prever” a quebra das vendas para este ano, disse.
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