Finlandeses divididos no apoio ao resgate a Portugal

O povo finlandês está dividido na questão do resgate a Portugal, apesar de 38% apoiarem a cedência. Também o líder do partido dos Verdadeiros Finlandeses recuou na sua disponibilidade de negociação do resgate, abrindo de novo as portas à incógnita.
Andreia Major 03 de Maio de 2011 às 10:18

Segundo o questionário divulgado pelo jornal “Helsingin Sanomat” que avaliou uma amostra de 1.253 finlandeses entre 21 e 27 de Abril e com uma margem de erro de cerca de 3 pontos percentuais, cerca de 38% dos entrevistados pela TNS Gallup apoiam a Finlândia da cedência de empréstimos a Portugal.

Do lado da oposição à ajuda a Portugal encontram-se 36% e os restantes 26% não têm ainda uma opinião formada sobre a matéria.

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Também o líder do Partido dos Verdadeiros Finlandeses e euro-cépticos, Timo Soini, deu um passo atrás na sua disponibilidade para negociar um plano de resgate a Portugal. O líder mostrou sinais de que o seu partido não se irá comprometer com o tema dos resgates europeus, de acordo com a Bloomberg.

Apesar de a 30 de Abril Soini ter revelado à rádio YLE que iria estar aberto a negociações sobre o resgate a Portugal, o líder dos euro-cépticos recua agora e revela de novo aversão às negociações.

“Não podemos votar para isto e não iremos” votar, declarou Soini numa entrevista em Helsínquia ontem, citado pela Bloomberg.

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Os Verdadeiros Finlandeses, que emergiram das eleições da Finlândia como a terceira força parlamentar, têm erguido sérias conversações e continuam a pretender formar uma governação de coligação que inclua o seu partido, uma vez que as diferenças de opinião relativas ao resgate a Portugal já foram postas de lado, disse Soini ontem numa conferência.

Recorde-se que o Ministro das Finanças finlandês, Jyrki Katainen, comprometeu-se na sua campanha a não formar governo com partidos que se opusessem às medidas de resgate.

“Se a Finlândia conseguir encontrar uma maioria que possa levar para a frente essa ideia e o governo apenas for formado após isso, será uma situação diferente”, disse Soini numa entrevista. O seu partido pretende ter “a consciência limpa” nessa temática, refere o mesmo.

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