Jorge Miranda defende que lobbying no Parlamento deve ser legalizado
"Os lobbies não me agradam muito, mas talvez represente mais transparência haver lobbies institucionalizados". Jorge Miranda, constitucionalista e professor jubilado da Faculdade de Direito de Lisboa, acredita que "não podemos ignorar a realidade" e que a actividade do lobbying, que hoje em dia não está formalmente regulada, não só existe como está em plena execução.
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"Sabemos que há formas de influencia, de intromissão, formas de manipulação às escondidas que obtêm determinados resultados. Não podemos ignorar a realidade e portanto e apesar de tudo, a institucionalização dos lobbies talvez fosse preferível à não institucionalização", afirma o especialista em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
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A questão dos lobbies, recorde-se, tem estado em discussão no Parlamento no âmbito da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas. Sobre a mesa estão duas propostas, uma do PS e outra do CDS-PP e o objectivo de uma e de outra é regulamentar a actividade de representação profissional de interesses e criar um registo de entidades privadas que a ela se dedicam.
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A discussão das propostas ainda não terminou, mas os vários partidos deixaram já claras as suas posições de princípio. PS, CDS e PSD decididos a avançar com uma regulação da actividade e a esquerda frontalmente contra.
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O que está em causa, basicamente, é legitimar o contacto de entidades que se dediquem à actividade de lobbying, à semelhança do que já existe, nomeadamente, no Parlamento Europeu e, salientaram os defensores das propostas, legitimando uma actividade que já existe, mas que não se encontra regulamentada.
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