Marques Mendes defende grandes obras avaliadas por técnicos independentes

O antigo presidente do PSD Marques Mendes aconselhou hoje os governos a só lançarem as grandes obras públicas depois de uma avaliação das mesmas por uma equipa técnica independente, porque "o País só ganhava" com isso.
Lusa 17 de Janeiro de 2012 às 01:35

Marques Mendes defendeu que, além do parecer, o projeto deveria evidenciar o efeito reprodutor desse grande investimento público, o contributo para a economia, a relação do custo-benefício e a sua sustentabilidade financeira.

"Há corrupção em tudo, mas a culpa morre solteira", observou, ao aludir à frequente "derrapagem" financeira nos investimentos públicos.

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Referiu que as obras "muitas vezes decidem-se por questões eleitorais" e que as opções do PIDACC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) resultam de "uma negociação do tipo do mercado do Bolhão", em que quem recolhe mais benefícios é o ministro com mais peso político.

Sobre o projeto do Metro Mondego, que se arrasta há duas décadas e agora se encontra suspenso, disse que o seu estado revela "insensibilidade social e insensibilidade política" e "um desprezo pelas populações".

Em relação à obra, disse que "serve sobretudo para chamar à atenção sobre aquilo que não deve acontecer".

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Carlos Encarnação, ex-presidente da Câmara de Coimbra, e autor da obra publicada pela editora Almedina, justificou o seu lançamento com a necessidade de que transmitir para os cidadãos o relato de decisões públicas sobre o projeto.

"É um dever de cidadania e uma necessidade de transmitir o mais factual possível aquilo que é a história e as necessidade de um projeto", destinado a suprir um problema de mobilidade da região, sublinhou, por seu turno, João Rebelo.

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