De 200 a 4.500 euros por metro quadrado. Fosso nos preços das casas entre concelhos aumenta
Nos 12 meses terminados em junho, o valor mediano do metro quadrado em Portugal ascendeu a 1.923 euros, uma subida de 15,8% face a um ano antes. O ritmo de crescimento dos preços e o valor destes é bastante díspar. As maiores subidas em termos percentuais ocorrem em concelhos pouco populosos e concentrados no interior, o que é explicado por uma maior volatilidade devido ao baixo número de transações.
Os municípios com valores mais altos centram-se nas regiões de Lisboa, Porto e Algarve - com a Madeira também sofrer uma maior pressão nos preços - mesmo que as taxas de variação sejam até, em vários casos, inferiores à do país.
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Entre os 10 concelhos onde o metro quadrado custa mais de três mil euros apenas dois - Oeiras e Funchal - registam aumentos acima dos 15,8% do conjunto do país. No caso do município vizinho de Lisboa, a subida foi de 17,2%, enquanto na cidade madeirense o salto atingiu os 21,6%. Em Lisboa e Cascais, os dois únicos concelhos com preços que excedem os 4.000/m2, as subidas ficaram pelos 7,7% e 6,1%, respetivamente. E o Porto, por exemplo, assistiu a um aumento de apenas 2,3%.
Já as subidas mais expressivas em termos relativos ocorreram em Carrazeda de Ansiães, que viu os preços dispararem 131,1%, e Vila Flor, onde o aumento cifrou-se em 91,5%. No primeiro caso, o valor mediano cresceu, em termos absolutos, 333 euros. Por comparação, a subida de 7,7% em Lisboa traduz-se em mais 322 euros.
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Os 4.525 euros necessários para pagar um metro quadrado na capital davam para adquirir mais de 22 metros quadrados em Figueira de Castelo Rodrigo, o município mais barato, onde o valor mediano é de 203 euros por metro quadrado.
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