PCP coloca pensões, carreiras e salários como decisivas para o Orçamento do Estado
"O que é verdadeiramente decisivo em relação ao Orçamento do Estado (OE) é saber que resposta é que dá ao aumento das pensões, aos salários e às carreiras da administração pública." O aviso é de João Oliveira líder parlamentar do PCP, em entrevista ao jornal Público desta sexta-feira.
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Com as negociações para o próximo OE já a decorrer, o PCP põe em cima da mesa algumas das suas principais reivindicações e exigências e insiste em que a questão da contagem do tempo das carreiras dos professores está longe de resolvida. Até porque, lembra, o OE 2018 "deixou claro aquilo que é preciso fazer e aquilo que está decidido".
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Por outro lado, insiste, "é prioritário" saber se as opções do Governo são "resolver os problemas do país ou satisfazer Bruxelas em relação às metas do Orçamento" e se "a meta do défice imposta por Bruxelas vale mais do que os portugueses e as necessidades dos portugueses".
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João Oliveira volta ainda a avisar que é preciso tributar mais as grandes empresas e pô-las a pagar impostos no sítio onde geram riqueza e não onde têm as suas sedes e a tributação lhes é mais favorável.
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"Não há orçamentos aprovados nem chumbados à partida, há um exame comum que é preciso fazer", avisa o deputado. "Decidiremos livremente, sem ceder a pressões nem a chantagens", sublinha.
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António Costa já admitiu que, perante um cenário de não aprovação do Orçamento, o Governo se demitiria. Num cenário pós eleições em que o PS ficasse de novo minoritário, mas com uma maioria de esquerda, poderia, no entanto, continuar a contar com o PCP, que não deixaria "de garantir que a solução política e que a política a executar" fosse "mais ao encontro dos interesses dos trabalhadores e do povo".
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"Nunca será por falta do PCP que as condições de vida e de trabalho dos portugueses deixam de avançar", remata.
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