Sindicatos preparam greves de vários dias na Saúde
Na véspera da entrada em vigor das 35 horas, os sindicatos preparam anúncios de greves, que abrangem diferentes carreiras na Saúde e que nalguns casos podem durar vários dias. As decisões serão anunciadas esta sexta-feira se entretanto o Governo não apresentar uma solução.
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Luís Pesca, da Federação dos Sindicatos dos trabalhadores em Funções Públicas (CGTP), afirmou ao Negócios que está sexta-feira deverá anunciar uma greve de um dia que abrange os trabalhadores de várias carreiras da Saúde, excluindo médicos e enfermeiros.
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"A greve será nacional para o sector da saúde, para todos os trabalhadores [excluindo médicos e enfermeiros], independentemente do vínculo", abrangendo as pessoas com contratos individuais de trabalho mas também com contrato de trabalho em funções públicas.
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Em relação aos primeiros, o problema é não se ter chegado a entendimento para um acordo colectivo que lhes garantisse as 35 horas. Em relação aos segundos, o problema é que "como não há contratações, vão ter de continuar a fazer as 40 horas".
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A Federação representa os trabalhadores das carreiras gerais (assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores) mas também outras carreiras específicas da saúde.
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Também o Sindicato dos Enfermeiros (CGTP) prepara "formas de luta, incluindo greves, possivelmente de vários dias", segundo disse ao Negocios Guadalupe Simões.
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José Abraão, da Fesap (UGT) ainda aguarda o envio de uma proposta que garanta as 35 horas às pessoas com contrato individual. Se não chegar, o sindicato avança esta sexta-feira com o pré-aviso da greve à oitava hora, "até que o problema fique resolvido".
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Esta quarta-feira, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou ao boicote nas horas extraordinárias. Os médicos não serão abrangidos pelas 35 horas porque negociaram um acordo que garantiu um acréscimo salarial na passagem às quarenta. No entanto, lamentam que o ministério da Saúde não avance nas negociações para repor o valor das horas extraordinárias.
"Assim, o SIM irá aconselhar os seus associados a, numa fase inicial, apresentarem a sua recusa em fazerem mais de 200 horas extraordinárias/ano e a pedirem a escusa legal do trabalho em serviço de urgência", lê-se num comunicado.
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