Montepio melhora previsões. PIB de Portugal cresce 1,7%

O investimento deverá crescer mais do que o previsto e o consumo privado deverá abrandar, segundo as estimativas do Departamento de Estudos do Montepio para 2017.
Nuno Carregueiro 20 de Fevereiro de 2017 às 15:53

O Montepio adicionou duas décimas à sua estimativa de crescimento da economia portuguesa este ano, devido ao desempenho superior ao estimado que foi alcançado no quarto trimestre de 2016.

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O Departamento de Estudos do banco aponta agora para uma variação positiva do PIB de 1,7% este ano, quando antes antevia um crescimento de 1,5%.

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A nova previsão situa-se entre as mais optimistas para a economia portuguesa, ficando duas décimas acima da previsão do Executivo de António Costa, uma décima da Comissão Europeia e em linha com a mais recente estimativa da Católica.

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"Reflectindo o ‘carry-over’, revimos em alta a previsão de crescimento do PIB para este ano, de 1,5% para 1,7%", refere o relatório semanal do Montepio.

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Esta revisão em alta surge depois do INE ter na semana passada revelado que o PIB de Portugal cresceu 1,4% em 2016, devido a uma aceleração no quarto trimestre, como o crescimento em cadeia de 0,6%.  

 

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O Montepio nota que se a economia estabilizasse nos quatro trimestres de 2017 no nível do último trimestre de 2016, apresentaria um crescimento médio anual de 1% em 2017, dai que tenha revisto em alta a previsão para este ano, que também materializa "os riscos ascendentes" já antes identificados pelo banco.  

 

Investimento cresce mais e consumo privado abranda

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A nova estimativa do Montepio aponta para um crescimento mais forte do investimento este ano, com a FBCF (formação bruta de capital fixo) a crescer 3,5%, "suportada pelos financiamentos por parte de fundos comunitários [Plano Junker], alguma recuperação da construção e continuação da recuperação do investimento empresarial em equipamentos".

 

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Já o consumo privado deverá abrandar para uma taxa de crescimento de 1,6% (2.1% em 2016), "condicionado pela subida dos preços da energia e pelo abrandamento do consumo de bens duradouros", enquanto as exportações líquidas deverão ter um contributo ligeiramente positivo (+0.1 p.p.) para o crescimento.

 

"A economia angolana deverá crescer mais do que em 2016 e não se verificar um efeito tão negativo nas exportações de bens. As exportações de serviços, nomeadamente de turismo, deverão continuar a crescer a bom ritmo, à medida que diversos destinos portugueses consolidam o seu prestígio nos mercados internacionais", acrescenta o Montepio.

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Governo: 1,5%

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OCDE: 1,2%

FMI: 1,3%

Banco de Portugal: 1,4%

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Comissão Europeia: 1,6%

Fitch: 1,5%

Católica: 1,7%

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Fonte: Conselho de Finanças Públicas

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