Economia cresce 0,6% no segundo trimestre
A economia portuguesa cresceu 0,6% no segundo trimestre, recuperando depois de ter contraído 0,4% no arranque do ano, com as exportações a o consumo privado a melhorarem face aos primeiros três meses do ano, divulgou o INE.
De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais, divulgadas nesta quarta-feira, 30 de julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% em cadeia e 1,9% em termos homólogos, recuperando face aos três meses anteriores.
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Recorde-se que, no primeiro trimestre, a economia portuguesa tinha recuado face aos três meses anteriores. Os primeiros números davam conta de uma contração em cadeia de 0,5%, mas os valores entretanto divulgados pelo INE melhoraram ligeiramente, ao mostrar que o recuo foi, afinal, de 0,4%.
Essa melhoria deveu-se a nova informação que inclui o comércio internacional de bens para o primeiro trimestre, que conduziu à revisão em alta de 0,1 pontos percentuais, tanto em cadeia, como em termos homólogos (de 1,6% para 1,7%).
Com esta revisão, e o crescimento do segundo trimestre, a economia portuguesa terá recuperado entre abril e junho parte do que não cresceu no arranque do ano. Os analistas apontavam nesse sentido. Era o caso, por exemplo, do Núcleo de Estudos Económicos da Católica, que projetava uma compensação no segundo trimestre (embora prevesse um crescimento ligeiramente superior, de 0,7%).
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Aliás, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerava que a queda em cadeia no primeiro trimestre "não devia surpreender-nos muito", já que se seguia a um último trimestre de 2024 muito forte (o PIB cresceu 1,4%) e que era expectável uma "estabilização" da economia.
Na nota desta quarta-feira, o INE explica que o contributo da procura externa líquida (de importações) para a variação em cadeia do PIB foi "menos negativo, tendo as exportações de bens e serviços registado um crescimento, após a redução observada no trimestre anterior". No mesmo sentido, o contributo positivo da procura interna aumentou, verificando-se um crescimento do consumo privado.
Também em termos homólogos, "o contributo negativo da procura externa líquida para a variação do PIB foi menos acentuado", diz o INE. Mas essa melhoria deve-se antes a uma "desaceleração mais pronunciada das importações de bens e serviços do que a observada nas exportações de bens e serviços".
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Já o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no segundo trimestre, em resultado do abrandamento do investimento, explica o INE.
Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo INE ainda não apresentam mais informação sobre as componentes do PIB, que os resultados detalhados das contas nacionais trimestrais do segundo trimestre deste ano têm publicação prevista para 29 de agosto de 2025.
(Notícia atualizada às 10:06 com mais informação)
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