Indicadores da OCDE voltam a apontar para travão na recuperação
O indicador compósito da OCDE, desenhado para antecipar as tendências nos próximos seis a nove meses, continua a apontar para uma degradação da atividade económica na maioria das principais economias mundiais, dada a incerteza dos impactos da guerra na Ucrânia.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou nesta terça-feira o indicador compósito avançado referente a julho, que baixou face ao mês anterior.
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O indicador "continua abaixo da tendência" do pré-guerra e a "antecipar uma redução no ritmo de recuperação na maioria das principais economias da OCDE", descreve a organização, em comunicado.
É o caso sobretudo do Canadá, do Reino Unido, dos Estados Unidos e da zona Euro como um todo (mas principalmente da França, Alemanha e Itália).
O indicador compósito avançado da OCDE é cíclico e baseia-se num conjunto de dados de antecipação como as ordens de encomenda, licenças de construção, indicadores de confiança, taxas de juro de longo prazo, registo de novos carros, entre outros.
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"A incerteza persistente relacionada com a guerra na Ucrânia, o renovar dos receios com a covid-19, disrupções nas cadeias de abastecimento e o impacto da inflação elevada no rendimento real das famílias estão a provocar flutuações maiores do que o habitual nas componentes dos indicadores", frisa a OCDE.
Em resultado, os indicadores "devem ser interpretados com cuidado" e devem ser lidos como uma indicação da robustez da atividade económica, mais do que uma medida de crescimento da atividade económica, avisa.
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