ISEG espera economia quase estagnada no terceiro trimestre
O ISEG estima que a economia portuguesa tenha praticamente estagnado no terceiro trimestre do ano, esperando que o PIB tenha avançado 0,1% face ao trimestre anterior.
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Segundo a síntese de conjuntura publicada nesta terça-feira, 18 de outubro, o grupo de análise económica do ISEG aponta para uma variação do PIB em cadeia "marginalmente positiva" durante o terceiro trimestre. A estimativa aponta para 0,1% em termos centrais, mas "o intervalo mais provável estima-se entre -0,1% e 0,3%".
De acordo com os economistas do ISEG, este crescimento em cadeia corresponde, em termos homólogos, a um crescimento entre 4,4% e 4,8%.
Já para a totalidade do ano e depois da revisão em alta pelo INE do crescimento no primeiro semestre em cerca de 0,2 pontos percentuais, o ISEG estima agora um crescimento anual entre 6,4% a 6,6%.
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"Em Portugal, os dados quantitativos relativos a julho e agosto, não apontam para uma desaceleração significativa da atividade económica durante o terceiro trimestre", sublinha o INE. Antes, aponta ao ISEG, para uma "certa estabilização do nível de atividade face ao trimestre anterior". Recorde-se que no segundo trimestre do ano a economia cresceu 0,1% face aos primeiros três meses de 2022.
Segundo o ISEG, no terceiro trimestre - os meses de verão - o crescimento "foi parcialmente influenciado pelo crescimento dos preços no setor dos serviços". Este setor teve um forte crescimento nominal, influenciado pela sazonalidade e pela subida de preços.
Por outro lado, e face ao segundo trimestre, os dados apontam para o setor industrial a crescer, mas com o da construção a cair ligeiramente (ou a estagnar).
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"Em termos de despesa agregada, e ainda face ao segundo trimestre, espera-se, que o consumo Privado tenha crescido (com a ajuda do consumo automóvel), apesar de ser incerto o crescimento real do consumo de serviços devido ao aumento dos preços", descreve o INE. Já em relação ao investimento, espera-se uma queda no setor da construção e uma subida nas restantes componentes.
O ISEG frisa que a procura externa líquida vai "manter um contributo positivo para o crescimento real do PIB em termos homólogos", mas ainda não consegue dizer se isso também vai acontecer face ao trimestre anterior.
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