INE confirma aceleração da inflação para 2,6% em julho
Variação homóloga do índice de preços no consumidor registou uma aceleração de duas décimas em julho. É a quarta aceleração seguida. Inflação nos alimentos escala para o valor mais alto em quase dois anos.

- 2
- ...
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta terça-feira que a taxa de inflação acelerou, em termos homólogos, para 2,6% em julho. Assim, julho foi o quarto mês consecutivo de aceleração do índice de preços no consumidor (IPC) em Portugal, sendo que os alimentos frescos foram os que mais puxaram pela inflação.
"A variação homóloga do IPC foi 2,6% em julho de 2025, taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de julho", lê-se no destaque estatístico do INE.
O índice relativo aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) foi o que mais acelerou em julho. Segundo os dados finais do INE, acelerou de 4,7% em junho para 6,1% em julho. O valor corresponde a menos uma décima face à estimativa rápida, sendo que, ainda assim, este é o valor mais elevado desde agosto de 2023.
O índice relativo aos produtos energéticos acelerou também duas décimas, mas manteve-se em terreno negativo. Em julho, a inflação na energia acelerou para -1,1%, o que compara com -1,3% no mês anterior.
A inflação subjacente, que exclui alimentos não transformados e produtos energéticos por estarem mais sujeitos a grandes variações de preços, também acelerou, mas apenas uma décima. Passou de 2,4% em junho para 2,5% em julho. A aceleração deste indicador – que é acompanhado com atenção por parte dos bancos centrais – revela que a chamada "inflação crítica" está a transmitir-se a setores que têm preços mais estáveis, como é o caso da saúde e educação.
Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC diminuiu para -0,4%. A variação média dos últimos doze meses foi 2,3%, um "valor idêntico" ao do mês anterior.
O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação dos preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros, acelerou de 2,1% para 2,5%. O valor é superior em cinco décimas ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro. No mês anterior, essa diferença era de apenas uma décima.
Sem comparar com produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,4% em julho (2,1% em junho), sendo essa uma "taxa idêntica à estimada para a área do Euro".
(notícia atualizada às 11:34)
Mais lidas