A inflação terá desacelerado em setembro para os 2,4%, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística divulgada esta terça-feira, 30 de setembro. Os produtos energéticos voltaram a terreno positivo e os bens alimentares continuam a puxar pela inflação.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,4% em setembro de 2025, taxa inferior em 0,4 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", refere a autoridade estatística. Os dados detalhados só serão conhecidos dentro de duas semanas, mas a informação permite já perceber que os bens alimentares continuam a puxar pela variação de preços, agora mais os transformados do que os frescos. Os primeiros registaram uma variação homóloga de 1% (0,8% em agosto), enquanto os não transformados tiveram uma variação de 7% (idêntica à do mês de agosto).

Quanto à inflação subjacente - que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos - terá registado uma variação de 2%, taxa inferior em 0,4 p.p. à do mês precedente. A variação do índice relativo aos produtos energéticos foi 0,3% (-0,2% em agosto) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados ter-se-á mantido nos 7%.

Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,9% (-0,2% em agosto e 1,3% em setembro de 2024). Já a variação média nos últimos doze meses foi de 2,4%.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que serve de comparações internacionais, terá registado uma variação homóloga de 1,9% (2,5% no mês precedente), registando uma forte desaceleração.

Notícia atualizada às 11:15 com mais informação