Europa continua a apertar medidas para tentar conter explosão da pandemia
No dia em que Portugal impôs restrições às viagens entre concelhos, a Alemanha emitiu um alerta contra as viagens para os países vizinhos, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica iniciou um tratamento terapêutico e a Espanha manifestou a sua preocupação quanto à pandemia, afirmando que a mesma se encontra "fora de controlo".
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Numa altura em que as autoridades alemãs registam, pela primeira vez, mais de 10 mil casos diários, Berlim emitiu um aviso quanto às viagens para a Suíça, Irlanda, Polónia, Áustria e Itália. "A situação geral tornou-se muito séria", declarou à Reuters Lothar Wieler, do Instituto alemão Robert Koch.
Depois da Europa ter assumido o controlo da pandemia entre março e abril, devido ao confinamento obrigatório, a situação parecia estável. Todavia, a partir de setembro e, em particular, no mês de outubro, a Covid-19 voltou a atacar e a infetar todos os dias milhares de pessoas, gerando preocupação entre os países europeus.
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Os internamentos e as mortes ainda não atingiram, nesta segunda vaga, valores tão elevados, contudo, com o passar dos dias aumentam exponencialmente em grande parte dos países. As autoridades europeias temem que esta problemática se acentue e atinja proporções drásticas num futuro próximo.
Mais de 5,3 milhões de pessoas na Europa já contraíram a Covid-19 e para mais 204 mil a infeção foi fatal, de acordo com as declarações do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças à Reuters.
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Os custos da pandemia colocam os líderes europeus numa situação de desespero, se por um lado a propagação do vírus se colmataria com restrições mais severas, por outro as economias nacionais não suportam uma nova paralisação. À medida que os casos aumentam, cresce em simultâneo a pressão, de tal modo que estão a ser impostos limites nas regiões mais afetadas, como é o caso de Felgueiras, Paços de Ferreira e Lousada, em Portugal.
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Sublinhando o alcance da doença, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Sophie Wilmes, foi esta quinta-feira internada para uma terapia intensiva, um dia depois de o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, testar positivo. "A segunda vaga é uma realidade", disse hoje o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa.
A chegada do inverno preocupa os serviços de saúde, uma vez que o aumento de infeções por Covid-19 coincide com as doenças respiratórias sazonais. Bruno Megarbane, do hospital Lariboisiere em Paris, disse à Reuters que a capacidade hospitalar se encontra lotada, pelo que teme "que enfrentemos uma situação muito difícil".
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