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Carneiro critica PSD por "agora prometer tudo e a todos" e avança com medidas sociais

"Recordo-me que o PPD/PSD, quando estava no Governo, queria cortar as pensões em 600 milhões (...). Os portugueses, felizmente, têm boa memória", disse José Luís Carneiro.

José Luís Carneiro
José Luís Carneiro Lusa
26 de Novembro de 2023 às 16:37

O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro apresentou este domingo um conjunto de medidas sociais de apoio sobretudo a idosos e pessoas sem-abrigo e criticou Luís Montenegro por "estar agora a prometer tudo e a todos".

ecordo-me que o PPD/PSD, quando estava no Governo, queria cortar as pensões em 600 milhões (...). Os portugueses, felizmente, têm boa memória", disse José Luís Carneiro.

"Vi que agora [referindo-se a propostas apresentadas no sábado pelo líder do PSD] fazem propostas para valorizar as pensões. R

No Porto, em declarações aos jornalistas e após almoçar com o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, bem como com o provedor da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, o candidato a líder dos socialistas apresentou um conjunto de propostas sociais.

Questionado sobre se o fazia hoje depois de no sábado Luís Montenegro ter avançado, entre outras medidas, que quer aumentar para 820 euros o rendimento mínimo dos pensionistas até 2028, José Luís Carneiro garantiu que não anda a reboque do PSD, partido que, disse, "fez cortes que o PS teve de repor".

"Os portugueses lembram-se que quando [Luís Montenegro] era líder parlamentar defendia políticas com as quais estivemos em total oposição desde cortes nas pensões, cortes nos salários, o apelo a que os jovens e os professores deixassem o país. Estamos num Governo do PS, do qual me orgulho de fazer parte, que repôs salários, repôs pensões, valorizou rendimentos, promoveu o maior aumento do salário mínimo desde que há memória no nosso país", disse o candidato a secretário-geral do PS.

E insistiu: "Os portugueses, mais do que eu, conhecem o valor das palavras daquelas que apareceram ontem [sábado] num congresso de revisão estatutária que serviu para prometer tudo e a todos ao mesmo tempo".

Antes, José Luís Carneiro apresentou um conjunto de medidas sociais, entre as quais a contratualização de um acordo com as instituições sociais para garantir o reforço de 50% na capacidade das consultas, cirurgias e exames de diagnóstico.

O candidato a líder do PS também quer retomar o programa "Voltar a Casa" dedicado a idosos que estão em hospitais por falta de retaguarda familiar.

"Há capacidade para que, em seis meses, consigamos garantir o regresso de 300 idosos a casa com retaguarda proporcionada pelas instituições particulares de solidariedade social", disse.

Em causa está um programa que já foi lançado, mas "estagnou" com a pandemia a covid-19.

Outra proposta de José Luís Carneiro passa por garantir resposta hospitalar junto dos idosos que se encontram nas instituições e criar equipas hospitalares que se desloquem aos lares e instituições para dar acompanhamento médico aos idosos, evitando que estes vão aos hospitais "de noite e em situações muito difíceis", por exemplo.

José Luís Carneiro falou ainda da "importância de uma resposta articulada e em rede para a saúde mental e as demências" e quer se sejam criadas medidas "o mais célere possível" para pessoas em situação de sem-abrigo.

"É cada vez mais um problema grande. Deram-me números hoje muito alarmantes. Todas semanas há cerca de mais 40 cidadãos na rua", referiu.

O candidato defendeu que sejam feitos investimentos "em diálogo com a Conferência Episcopal" para reabilitar as várias instalações dos Centros Diocesanos Distritais de forma a acolher pessoas que tenham essa necessidade.

Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.

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