A Câmara dos Representantes e o Senado – as duas casas do Congresso – dos EUA aprovaram na quarta e na quinta-feira, respectivamente, o projecto de lei no valor de um bilião de dólares para o governo norte-americano ser financiado até 30 de Setembro e não entrar em "shutdown".

Depois da necessária aprovação do Congresso, Donald Trump assinou hoje a lei orçamental, viabilizando-se assim o orçamento para que o governo federal possa funcionar com normalidade.

Na passada sexta-feira, tinha já sido viabilizada uma tranche, correspondendo a um financiamento de curto prazo, para que os serviços não paralisassem a partir de 29 de Abril, tendo no fim-de-semana sido alcançado um acordo entre os negociadores de ambos os lados relativamente a uma proposta que agradou a republicanos e democratas.

Entretanto, esta semana a Câmara dos Representantes e o Senado votaram separadamente a nova proposta, tendo esta obtido luz verde de ambas as casas do Congresso.

Havia receios de que no Senado pudesse haver um chumbo, já que ainda havia arestas por limar que não estavam a agradar a muitos dos seus membros. Isso levou a que na terça-feira, 2 de Maio, Donald Trump dissesse que o país estava a precisar de um "vasto shutdown", defendendo mudanças nas regras do Senado.

Ultrapassado esse obstáculo, está assim aprovada e assinada a lei orçamental que irá financiar o governo federal até ao final de Setembro – que é quando termina o actual ano fiscal.

A lei de financiamento do Estado federal norte-americano abrange várias áreas, da Agricultura à Defesa. 

Em 2011, recorde-se, a aprovação de um aumento do chamado tecto de endividamento dos EUA "debt ceiling") demorou, tendo sido criado um grande impasse que levou à paralisação de todos os serviços públicos do país após o Verão - e que levou a que a Standard & Poor's cortasse, pela primeira vez, o rating soberano de triplo A dos Estados Unidos. Agora, com este projecto de financiamento, poderia vir a acontecer o mesmo.

(notícia actualizada às 21:04)