Dívida pública sobe para 97,6% no terceiro trimestre
No terceiro trimestre, a dívida pública subiu para 97,6% do PIB, uma subida face aos trimestre anterior e face ao período homólogo. Em termos nominais, dívida subiu pelo décimo mês consecutivo em setembro.
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A dívida pública subiu para 97,6% do PIB no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre imediatamente anterior e uma subida mais expressiva, de 1,7 pontos percentuais, em termos homólogos.
Segundo a nota de informação estatística divulgada nesta segunda-feira, 3 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP), esta é a terceira subida consecutiva da dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, em percentagem do PIB. Depois de ter atingido 93% no quarto trimestre do ano passado, a dívida pública tem subido todos os trimestres, num acréscimo de 4,6 pontos percentuais.
Em termos homólogos, a dívida está também acima do valor registado no terceiro trimestre de 2024, quando representava 95,9% do PIB. No entanto, a dívida reduziu-se no quarto trimestre, o que impactou também o impacto no conjunto do ano.
No conjunto do ano passado, a dívida pública fechou nos 93,6% do PIB, abaixo do previsto pelo Governo. As Finanças inscreveram na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2026 uma redução continuada da dívida pública, esperando que desça para 90,2% do PIB este ano e para 87,8% no próximo.
Dívida sobe pelo 10.º mês consecutivo
A dívida pública em termos nominais aumentou 5.959 milhões de euros em setembro, pelo 10.º mês consecutivo, para 294.319 milhões de euros, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
De acordo com o banco central, o aumento refletiu "a subida dos títulos de dívida de longo prazo e dos certificados de aforro", respetivamente em cerca de 5.700 milhões de euros e 500 milhões de euros.
Em termos nominais, este é o valor mais alto alguma vez registado na série do BdP, que recua a 1995.
O BdP aponta que esta subida foi "parcialmente compensada pela diminuição dos Certificados do Tesouro", na ordem dos 100 milhões de euros.
O banco central acrescenta ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 39.158 milhões de euros, o que corresponde a uma subida na ordem dos 10.000 milhões de euros face a agosto.
Sem estes depósitos, a dívida pública diminuiu 4.044 milhões de euros, para 255.161,29 milhões de euros.
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