Endividamento das famílias dá maior salto em 17 anos
O valor em dívida dos particulares aumentou em 1,2 mil milhões de euros em maio, impulsionado pelo crédito à habitação.
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O forte aumento dos preços das casas tem alimentado o crescimento do endividamento das famílias, que em maio cresceu 6,05%, a maior subida homóloga desde o início da série, em dezembro de 2008, indicou esta quarta-feira o Banco de Portugal.
Em termos absolutos, o valor em dívida dos particulares aumentou em 1,2 mil milhões de euros.
O Banco de Portugal assinala que em maio o endividamento do setor não financeiro, que inclui as administrações públicas, empresas e famílias, aumentou 7,9 mil milhões de euros, ascendendo a 839,1 mil milhões de euros.
O setor privado - ou seja as empresas privadas e os particulares - representam 55,4% do total, com um montante em dívida de 465,1 mil milhões de euros, enquanto o setor público tem um endividamento de 374,1 mil milhões.
Em maio, o endividamento do setor público aumentou em 4,4 mil milhões de euros, com o endividamento junto do exterior a ser responsável por 3,4 mil milhões, devido à compra por não residentes de dívida pública de longo prazo. O endividamento junto dos particulares cresceu em 300 milhões de euros, sobretudo por via da subscrição de certificados de aforro.
No setor privado, o endividamento das empresas cresceu 2,3 mil milhões de euros e o das família aumentou 1,2 mil milhões de euros, impulsionado pelo crédito à habitação, tal como tem sucedido nos meses anteriores.
(Notícia atualizada às 11h28)
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