Governo vê PIB a crescer 2,3% e mantém estimativa de excedente de 0,1% em 2026
As estimativas desenhadas pelo Ministério das Finanças na apresentação do OE apontam para uma aceleração do ritmo de crescimento económico no próximo ano (mais 0,3 pontos percentuais), e um quase esvaziamento do excedente orçamental em 2026, com o saldo a ficar muito perto da linha de água.
O Governo estima que a economia cresça 2,3% e que as contas públicas fechem no verde no próximo ano, mantendo a expectativa de um excedente de 0,1% do PIB, segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2026 entregue nesta quinta-feira, 9 de outubro, ao Parlamento.
As estimativas desenhadas pelo Ministério das Finanças apontam, assim, para uma aceleração do ritmo de crescimento económico no próximo ano (mais 0,3 pontos percentuais), e um quase esvaziamento do excedente orçamental em 2026, com o saldo a ficar muito perto da linha de água.
Isto porque, para este ano, o Governo antecipa, por um lado, que a economia cresça 2% e que um excedente orçamental de 0,3% do PIB.
Recorde-se que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tinha mantido, numa conferência em setembro, o objetivo de excedentes de 0,3% este ano e de 0,1% no próximo, apontando para um crescimento do PIB em torno de 2% este ano.
Os números em que assenta a proposta de OE 2026 são mais otimistas nas contas públicas do que as da esmagadora maioria das instituições económicas, sobretudo para as contas públicas.
Recorde-se que Conselho das Finanças Públicas (CFP), Comissão Europeia, OCDE e Banco de Portugal (BdP) estimam um regresso aos défices no próximo ano, apontando saldos negativos entre os 1,3% do PIB (nas estimativas de junho do banco central) e os 0,3% do PIB, nos números da OCDE, que datam de junho. Apenas o FMI alinha com o Governo, esperando o excedente de 0,1% do PIB.
Na frente económica, as instituições apontam para níveis de crescimento entre os 1,7% (FMI) e os 2,2% (Comissão Europeia e Banco de Portugal).
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