2h10 A Grécia foi, novamente, a eleições. O Nova Democracia conseguiu vencer, também novamente, o sufrágio. Agora, consegue juntar-se ao Pasok e formar um governo de coligação com maioria absoluta no Parlamento Helénico. O que não acontecia nos resultados de 6 de Maio.

No entanto, Evangelos Venizelos, líder do Pasok, não parece estar disponível para uma coligação com o Nova Democracia sem que outros partidos estejam presentes. O Pasok quer, por exemplo, o Syriza nessa coligação. Mas o Syriza, que não apoia o actual pacote de resgate, ao contrário dos outros dois partidos, não pretende formar coligações com estas forças.

Antonis Samaras, do Nova Democracia, deverá começar amanhã a tentar formar um governo, depois de receber o mandato presidencial. A tarefa parece difícil.

2h07 Com pouco mais de 99,8% dos votos contabilizados, o Nova Democracia consegue consolidar o primeiro lugar nas eleições gregas, com uma votação de 29,66%. Cerca de 170 mil votos separam este partido conservador da Coligação da Esquerda Radical, Syriza, que se ficou pelos 26,89% dos votos. O facto de, no sistema eleitoral helénico, serem atribuídos 50 assentos parlamentares ao partido mais votado, faz com que o Nova Democracia consiga obter 129 deputados e o Syriza apenas 71.

O Pasok consegue 33 assentos parlamentares, o que, juntando com os 129 do Nova Democracia, daria margem para uma coligação governamental com maioria absoluta no Parlamento (o mínimo é 151 deputados).

Veja os resultados oficiais do sufrágio de ontem no site do Ministério do Interior da Grécia.

2h00 A moeda única europeia está a ganhar mais de 0,50%, o petróleo valoriza-se mais de 1%, enquanto as bolsas asiáticas começam a sessão em forte alta. São os efeitos da reacção positiva dos investidores à divulgação dos resultados eleitorais na Grécia, com a vitória do Nova Democracia, pró-resgate e pró-Europa.

1h55 A inimizade entre Grécia e Alemanha chega às quatro linhas, com as duas selecções a encontrarem-se nos quartos de final do Euro2012. Uma partida que irá opor o país que mais apoia as medidas de austeridade ao país em que mais medidas de austeridade têm sido implementadas.

1h52 "Este percurso não será nem curto nem fácil mas é necessário e vai dar aos gregos a possibilidade de um futuro melhor", disse Wolfgang Schäuble, depois de conhecida a vitória de Antonis Samaras, do pró-resgate Nova Democracia, no sufrágio que se realizou na Grécia.

1h49 O Eurogrupo e o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostraram-se, ontem, agradados com a vitória do partido Nova Democracia, que defende a manutenção do acordo com a troika.

Os comunicados de ambas as entidades indicavam que há vontade de trabalhar com o governo que sair das eleições. E a troika estará em Atenas mal haja um governo, para analisar "o caminho a seguir".

22h36 Reacção da Comissão Europeia: Bruxelas espera que o novo governo grego seja formado "rapidamente". "Continuaremos a apoiar a Grécia como membro da União Europeia e da Zona Euro", lê-se num comunicado conjunto de Durão Barroso e Herman Van Rompuy.

"Saudamos a coragem e resiliência dos cidadãos gregos, conscientes dos sacrifícios que lhes são exigidos."

21h11 Fotis Kouvelis, líder da Esquerda Democrática, garantiu que o seu partido vai participar nas negociações para formar um governo de coligação. "Os gregos pediram um governo que garanta a permanência do país no euro mas que o liberte do pacote de resgate", disse Kouvelis.

Com mais de 66% dos votos contados, a Esquerda Democrática tem 6,06% dos votos (16 lugares no parlamento).

20h49 Antonis Samaras apelou à formação de um "governo de unidade" pró-europeu. "Apelamos a todas as forças políticas que partilhem o objectivo de manter o país no euro (...) para participarem num governo de união", disse o líder do Nova Democracia. "O país não tem um minuto a perder", acrescentou.

20h44 Alexis Tsipras já deu os parabéns a Antonis Samaras pela vitória nas eleições de hoje. O líder do Syriza disse, no entanto, que não está disponível para participar num governo de coligação com o Nova Democracia.

Para o líder do Syriza, os resultados das eleições são uma clara rejeição ao memorando da troika.

20h43 Com mais de 50% dos votos contados, o Nova Democracia continua à frente com 30,23% (130 lugares no parlamento). Em segundo segue o Syriza com 26,35% (70 lugares) e em terceiro o Pasok com 12,65% (34 lugares).

20h27 O Pasok não está disponível para uma coligação governamental em que só esteja presente o Nova Democracia.

Para o líder Evangelos Venizelos, é necessário formar um governo de unidade nacional em que estejam presentes o Nova Democracia, o Syriza, o Pasok e a Esquerda Democrática.

Contudo, o Syriza sempre se mostrou contra a juntar-se numa coligação tanto ao Nova Democracia como ao Pasok.

19h50 Nouriel Roubini dá um prazo máximo de 12 meses a um governo formado pelo Nova Democracia e Pasok. No fim desse período, a Grécia sairá do euro.

Num comentário no Twitter, o economista prevê que o governo caia num prazo entre 6 e 12 meses, na sequência de uma economia em depressão.

As eleições que se seguirão a essa queda do governo irá levar o Syriza, ou Coligação da Esquerda Radical, ao poder e, posteriormente, a uma saída da Grécia do euro.

18h40 Com 16% dos votos contados, a Nova Democracia segue à frente com 31,11% dos votos, segundo os dados que estão a ser divulgados pelo Ministério do Interior grego. O Syriza surge em segundo com 25,31%.

Este resultado permite à Nova Democracia e ao Pasok alcançarem maioria no parlamento.

18h30 O instituto Public Issue avança que é necessário 38,2% dos votos para garantir maioria absoluta (151 lugares no parlamento)

18h14 Angela Merkel, François Hollande e Mario Monti adiam partida para o G20 devido às eleições gregas. O "The Guardian" escreve que poderá haver um comunicado conjunto depois de serem conhecidos os resultados.

18h08 Ao longo do dia, registaram-se alguns incidentes na Grécia. Pouco antes das urnas fecharem, um grupo de 10 jovens entrou numa escola, que servia como assembleia de voto, e pegou fogo a uma das urnas. Com os votos dentro da caixa. O incidente aconteceu em Exarhia, em Atenas.

O grupo de jovens, que se encontravam mascarados, atacou dois polícias que estavam a guardar o local de votação, segundo avança a agência estatal ANA.

18h01 Nas eleições legislativas de 2009, o Syriza alcançou 4,6% dos votos. Em Maio passado, a votação no partido liderado por Alexis Tsipras subiu para 16,9%. Nestas eleições, o partido deverá alcançar entre 27% e 30% dos votos.

17h55 O líder do ultranacionalista Aurora Dourada já reagiu às primeiras projecções sobre as eleições na Grécia. O partido poderá alcançar entre 6% e 7,5% e Nikos Mijaloliakos acredita que é possível assumir-se como a quarta força política. É o mesmo intervalo de votação que é atribuído aos Gregos Independentes, partido dissidente da direita Nova Democracia. Com base nos 6,9% que conseguiu a 6 de Maio, a Aurora Dourada foi a sexta força política na Grécia.

Desta vez, o líder partido que defende libertar-se dos imigrantes acredita que conseguirá o quarto lugar, apenas através do Nova Democracia, Syriza e Pasok.

"Vamos continuar a lutar por uma Grécia livre e forte que enfrente o problema da imigração ilegal", afirmou Nikos Mijaloliakos na reacção aos primeiros resultados das sondagens, segundo o "El País".

"Vamos lutar contra o memorando. Dentro e fora do Parlamento", acrescentou.

17h32 O partido mais votado deverá alcançar 130 lugares no parlamento. Faltam 20 para alcançar a maioria absoluta. Uma coligação entre a Nova Democracia e o Pasok deverá garantir maioria no parlamento.

17h03 As urnas já fecharam. As primeiras projecções confirmam o empate técnico entre o Syriza e a Nova Democracia.

Mega TV: ND 27,5% a 30,5%; Syriza 27% a 30%; Pasok 10% a 12%; Gregos Independentes 6 a 7,5%

Star Channel: ND 27% a 30%; Syriza 26% a 29%; Pasok 10% a 12%; Gregos Independentes 6% a 8%; Aurora Dourada 6% a 8%; Esquerda Democrática 6% a 7%; KKE 5% a 6%

16h56 As primeiras projecções apontam para um empate técnico entre o Syriza e a Nova Democracia.

16h51 Cartoon publicado no jornal "Kathimerini" retrata a luta renhida entre Alexis Tsipras e Antonis Samaras pelo primeiro lugar nas eleições de hoje.

16h22 George Papandreou: "A Europa chegou a um ponto de viragem. A Grécia tem os seus problemas. Assumimos a responsabilidade pelos nossos problemas, pelos nossos erros, pelo nosso passado e pela nossa má liderança. É isso que estamos a tentar mudar. No entanto, as estruturas da Europa precisam de ser modernizadas". Em entrevista a BBC, o antigo primeiro-ministro grego defendeu que a Europa necessita de uma união bancária e de uma política orçamental mais integrada.

A saída da Grécia da Zona Euro seria uma "catástrofe". "O euro dá-nos estabilidade. Sair iria significar uma corrida aos bancos, a subida da taxa de inflação, cortes salarias e a queda do PIB. Seria uma grande catástrofe", disse George Papandreou.

Papandreou, que ontem fez 60 anos, votou antes da hora do almoço, na cidade de Kalentzi.

16h36 O presidente grego, Karolos Papoulias, também votou antes do almoço na cidade de Ioannina, no norte do país. "Espero que as eleições de hoje levem a um governo estável, que tome posse imediatamente e procure soluções para os problemas que afectam o povo grego", disse.

Quando forem 17h00 em Lisboa serão conhecidos os primeiros resultados das eleições legislativas na Grécia. Nova Democracia ou Syriza. Um deles sairá vencedor. Importa, no entanto, saber se os seus líderes serão capazes de formar um governo estável. O Negócios acompanha todos os desenvolvimentos destas eleições.

(Notícia com actualização permanente)