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Jerónimo de Sousa: Comunicação de Sócrates foi "escandalosa manobra" eleitoral

O líder dos comunistas, Jerónimo de Sousa, classificou hoje de "escandalosa manobra" a utilização do aparelho do Estado para "fins partidários e eleitorais", referindo-se ao anúncio de Sócrates sobre a "troika".

04 de Maio de 2011 às 21:09

"Ontem assistimos, com o anúncio pelo primeiro ministro das medidas que não estavam do programa da 'troika' (...), à mais descarada e escandalosa manobra de propaganda, mistificação e de utilização do aparelho do Estado para fins partidários e eleitorias", acusou Jerónimo de Sousa.

"Para a mentira ser segura e atingir profundidade, tem de trazer à mistura algum fundo de verdade", é um excerto da poesia do algarvio António Aleixo, que Jerónimo de Sousa citou para criticar José Sócrates que fez passar a ideia que o programa da 'troika' era a "melhor e mais desejada coisa que os portugueses poderiam esperar".

No seu discurso em Faro, no âmbito da apresentação dos candidatos da CDU pelo círculo de Faro ao Parlamento, o líder dos comunistas acusou Sócrates de ter utilizado o "velho truque de libertar para os jornais e para a opinião pública um cenário negro de medidas, um programa desgraçado, para deixar passar o muito mau que planeava executar".

"Um programa que tudo somado é muito mais do que José Sócrates anunciou, e mais grave do que o esquemático esboço do seu PEC IV", observou, referindo que o programa da 'troika' põe a claro o que eram na realidade e em toda a sua negra dimensão as medidas drakonianas, de austeridade, recessão económica e desemprego (...), cujo único objectivo é salvar a banca nacional e estrangeira", acrescentou.

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou terça-feira, que o Governo conseguiu um "bom acordo" com a 'troika' internacional com vista à ajuda financeira a Portugal.

O empréstimo será de 78 mil milhões de euros durante três anos e inclui a recapitalização da banca, caso seja necessária. A 'troika' é constituída pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).

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