PS acusa PSD e CDS de terem colocado "boys" na Segurança Social
Nomeações foram feitas antes de entrar em vigor a lei que obriga os dirigentes a concurso público, proposto recentemente pelo Governo.
Sem a espectacularidade do “power point” usado há nove meses por Pedro Mota Soares, e num A4 manuscrito, a enumeração feita por Rui Santos reza assim:
- O centro Distrital de Segurança Social do Porto é dirigido por Sampaio Pimentel (ex-vereador do PSD na CMP) e coadjuvado por Ana Venâncio (vereadora da câmara municipal de Gaia);
- Em Coimbra, o Centro de Segurança Social passou a ser dirigido por Ramiro Mirando, ex-candidato do PSD à câmara de Condeixa;
- Em Bragança, a direcção passou para António Martinho, que foi candidato à Assembleia Municipal daquela autarquia;
- Em Viseu, Joaquim Seixas, o director entretanto nomeado, foi tesoureiro da distrital de Viseu do PSD.
No Instituto de Segurança Social, a saída de Edmundo Martinho também precipitou uma mudança dos cargos dirigentes, que foram tomados por militantes do PSD e do CDS, apontou Rui Santos. A presidente, Mariana Ribeiro Ferreira, é vice-presidente do CDS-PP; Luís Monteiro, seu vogal, foi assessor parlamentar do PSD; Miguel Coelho e Joaquim Caeiro, outros dois vogais, foram assessores parlamentares do CDS, referiu.
Para Rui Santos o discurso do Governo “não bate certo com a prática”. “Chegaram ao poder e fizeram tudo o que vinham criticando”. Mais: “Fizeram nomeações partidárias ainda antes de ter entrado em vigor a Lei que obriga a concurso público” dos cargos de direcção da Administração Pública.
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