Rússia e China anunciam novo acordo para promoção e proteção de investimentos
Putin sublinhou que o atual intercâmbio comercial, que ascendeu a quase 245 mil milhões de dólares (217 mil milhões de euros), no ano passado, "está longe" do limite máximo para os dois países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quinta-feira a assinatura de um novo acordo de promoção e proteção de investimentos, no âmbito das negociações com o homólogo chinês, Xi Jinping.
Na abertura de uma reunião no Kremlin, Putin estimou em mais de 200 mil milhões de dólares (177 mil milhões de euros) o montante dos projetos de investimento tratados pela comissão intergovernamental.
Manifestou também a convicção de que este acordo vai contribuir positivamente para a criação de uma atmosfera "mais favorável" e constituir "um importante impulso" para o desenvolvimento da cooperação económica, indicou o líder russo.
Só no porto de Vladivostoque, no Extremo Oriente russo, as empresas chinesas estão envolvidas em 63 projetos conjuntos, referiu.
Putin sublinhou que o atual intercâmbio comercial, que ascendeu a quase 245 mil milhões de dólares (217 mil milhões de euros), no ano passado, "está longe" do limite máximo para os dois países.
Garantiu ainda que o Kremlin acolhe favoravelmente a deslocação das fábricas de automóveis do país asiático para o território russo.
"A Rússia tornou-se o primeiro importador mundial de automóveis chineses", afirmou.
Ao reconhecer que a energia é "a locomotiva das relações", Putin referiu que "no ano passado a Rússia não só liderou as exportações de petróleo para a China, como também ocupou o primeiro lugar no fornecimento de gás".
O chefe de Estado russo anunciou também novos projetos no domínio da energia, como o lançamento, em 2027, de um gasoduto no Extremo Oriente russo que vai abastecer os consumidores chineses com 10 mil milhões de metros cúbicos de gás.
Putin sublinhou ainda que o setor agrícola russo está pronto para aumentar as exportações para o mercado chinês.
Xi, que defendeu uma ordem mundial mais justa e uma globalização inclusiva, foi recebido no Grande Palácio do Kremlin por Putin, com quem assistirá na sexta-feira à parada militar por ocasião do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
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