Sócrates garante ter sempre respeitado a lei
O gabinete do primeiro-ministro confirmou hoje que José Sócrates assumiu a responsabilidade pelos projectos que assinou na autarquia da Guarda, mas garante que estes foram elaborados sem qualquer remuneração , em respeito pela lei.
Confrontado pela TSF e pela Rádio Renascença com a notícia de hoje do jornal “Público”, o gabinete do chefe de Governo sublinha que foram projectos elaborados “a pedido de amigos” e “sem qualquer tipo de remuneração” e que, por isso, não há qualquer violação da lei.
O “Público” noticia hoje que José Sócrates terá assinado projectos de engenharia enquanto recebia o subsídio de exclusividade no Parlamento, referindo que, a exclusividade, o impedia de desempenhar outras funções, independentemente de serem ou não remuneradas.
O jornal escreve ainda que os últimos cinco anos de José Sócrates como projectista de edifícios na Guarda, entre 1987 e 1991, ficaram marcados por duas repreensões por unanimidade, ameaças de sanções legais e severas críticas dos serviços camarários. O primeiro-ministro terá sido mesmo afastado da direcção técnica de obras particulares pela Câmara, em 1990 e 1991, "depois de ter sido várias vezes advertido por causa da falta de qualidade dos seus projectos e da falta de acompanhamento das obras - chegando a ser ameaçado com sanções disciplinares".
A este propósito, o gabinete do primeiro-ministro reage, dizendo que José Sócrates “sempre" cumpriu todos os seus deveres e exigências profissionais, mesmo em caso de divergências ou discordâncias com as entidades administrativas encarregues de apreciar e aprovar os projectos.
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