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União Europeia já poupou 30 mil milhões com os medicamentos genéricos

Os medicamentos genéricos já permitiram aos países da União Europeia pouparem cerca de 30 mil milhões de euros, de acordo com a estimativa da Associação Europeia de Medicamentos Genéricos, ontem divulgada no relatório da IMS Health.

23 de Março de 2010 às 20:13

Os medicamentos genéricos já permitiram aos países da União Europeia pouparem cerca de 30 mil milhões de euros, de acordo com a estimativa da Associação Europeia de medicamentos genéricos, ontem divulgada no relatório da IMS Health.

A poupança é contudo modesta quando comparada com a dos EUA, onde esta atingiu os 121 mil milhões de dólares. O estudo sublinha que uma maior utilização de genéricos poderá permitir investir em medicamentos inovadores, em geral, mais caros.

Contudo e apesar de mais de metade do volume de medicamentos vendidos na União Europeia serem genéricos, estes representam apenas 18% do total da factura em medicamentos, de acordo com o relatório "Medicamentos Genéricos: contribuintes essenciais para a saúde da Sociedade a longo prazo - os desafios da sustentabilidade do sector na Europa”.

O crescimento do mercado de genéricos deve-se, de acordo com o relatório da IMS Health, aos novos medicamentos genéricos que entraram no mercado, após o termo de patentes. Contudo, a diminuição do preço em muitas moléculas nos principais mercados, decorrente da concorrência, tem combatido o crescimento da factura a cada ano.

Segundo o relatório, o impacto dos medicamentos genéricos nos orçamentos da saúde é “inegável” uma vez que estes são mais baratos. A importância cresce quando se tem em consideração que a despesa com medicamentos deverá crescer à razão de 5% ao ano durante os próximos 3 a 5 anos. “Os medicamentos continuam a jogar um papel essencial na melhoria da saúde mas constituem um grande desafio de gestão e controlo dos custos”, diz o relatório.

Em comunicado enviado às redacções, Paulo Lilaia, presidente da Direcção da APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, disse que “é necessário garantir a sustentabilidade do sector dos medicamentos genéricos”. “As poupanças de custos que o Estado e os portugueses têm que fazer devem ser repartidas equitativamente por toda a indústria farmacêutica, sendo fundamental incentivar a indústria de genéricos a continuar o seu trabalho no sentido de facilitar a acessibilidade a medicamentos a uma larga maioria carenciada da população”, alerta Paulo Lilaia.

O relatório da IMS Health destaca ainda os principais desafios que a indústria de medicamentos genéricos enfrenta actualmente na UE, entre eles, os custos crescentes num mercado em constante erosão de preços, as políticas insustentáveis e um cenário fiscal desfavorável comparativamente a outras regiões geográficas, além de uma carga regulamentar e administrativa crescente e sem incentivos.

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