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Wellink apela à duplicação do fundo de resgate da Zona Euro

O membro do BCE diz que um segundo pacote de ajuda à Grécia poderá contagiar Portugal e a Irlanda, que poderão precisar também de mais dinheiro. É por isso necessário que o MEE passe de 750 mil milhões para 1,5 biliões de euros.

16 de Junho de 2011 às 09:30

Wellink disse em entrevista ao jornal holandês “Het Financieele Dagblad” que um novo pacote de ajuda à Grécia acarretará tantas incertezas e riscos que será necessário duplicar o fundo de resgate europeu, para tomar em consideração o risco de contágio a Portugal e à Irlanda.

“Se tivermos em conta estes riscos, será preciso criar uma rede de segurança”, afirmou Wellink, que é também o presidente do banco central holandês.

“Se as coisas correrem mal, teremos que responder por isso. Se as agências de ‘rating’ virem um ‘rollover’ [(renovação das linhas de crédito; os governos assumem nova dívida para pagar a antiga)] da dívida grega como um ‘default’ parcial, haverá um contágio a outros países da periferia da Zona Euro”, advertiu.

O governador do BCE disse ainda que está aberto a qualquer variante que não tenha consequências no mercado. “Mas sei que estamos a patinar sobre gelo muito fino”, comentou. “Se estivermos em risco de nos afundarmos no gelo, então precisamos de uma grande rede de segurança. O fundo deverá ser de 1,5 biliões de euros e deverá haver uma maior flexibilidade na forma como o dinheiro pode ser gasto”, acrescentou Wellink ao jornal holandês.

O MEE, que será o novo Mecanismo Permanente de resgate para a Zona Euro a partir de 2013, em substituição do temporário FEEF, conta com 750 mil milhões de euros de linha de crédito de emergência por parte da UE e do FMI.

Recorde-se que a União Europeia já dispõe há muitos anos de um mecanismo de estabilidade financeira para acudir os Estados em situações extraordinárias, que é o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). Este mecanismo não se estendia aos países do euro, mas desde o ano passado que também pode ajudar nações da Zona Euro, tendo o seu orçamento sido elevado para 60 mil milhões de euros.

O FEEF, por seu lado, só foi criado em Maio de 2010, em plena crise grega, podendo angariar até 440 mil milhões de euros. Com a participação do FMI, o total das ajudas ascende a 750 mil milhões de euros.

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