PS reúne com professores na sexta-feira
Catarina Mendes, Secretária-Geral Adjunta do PS, e Porfírio Silva, deputado coordenador da área da Educação do Grupo Parlamentar socialista, reúnem esta sexta-feira, 27 de Julho, com a Federação Nacional dos Professores para discutir a questão das carreiras e da contagem do tempo de serviço. Segundo a Fenprof, trata-se da "única reunião em falta com as direcções dos partidos políticos com representação parlamentar" no âmbito dos contactos que têm vindo a ser efectuados pelos sindicatos.
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"Para as organizações sindicais de docentes, esta será uma reunião muito importante, uma vez que se trata do partido do governo, logo, o que tem maior influência nas suas decisões", escreve a Fenprof em comunicado.
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Por outro lado, sublinha a organização, "nas reuniões já realizadas nenhum partido político se opôs à justa recuperação de todo o tempo de serviço cumprido pelos professores durante o período de congelamento". Além disso, o PCP, BE, PEV e PAN terão mesmo reiterado a posição que já manifestaram no Parlamento ao votar favoravelmente uma resolução da Assembleia da República que recomenda ao Governo a contabilização de todo o tempo de serviço para as progressões nas carreiras.
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A reunião, que decorrerá na sede do PS, no Largo do Rato, é assim "aguardada com expectativa", até porque também o PS votou favoravelmente a dita resolução. PSD e CDS-PP, recorde-se, optaram pela abstenção.
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O tema das carreiras dos professores continua na ordem do dia e promete mesmo marcar as negociações para o Orçamento do Estado para 2019. Esta semana, numa entrevista ao Público, o ministro das Finanças deixou antever a manutenção de um braço de ferro, ao avisar que o Orçamento do Estado (OE) tem de ser sustentável e que "não é possível pôr em causa a sustentabilidade de algo que afecta todos, só por causa" da contabilização do tempo de serviço dos professores.
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O secretário-geral da Fenprof, considerou inaceitáveis "e quase uma provocação" as declarações do ministro das Finanças. Em declarações à agência Lusa, Mário Nogueira, sublinha que o "senhor ministro das Finanças tem de ter mais respeito por quem trabalha, neste caso pelos professores".
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"O OE serve para servir o Estado português e os portugueses e os professores são trabalhadores profissionais cuja vida é preparar o país, preparar os nossos jovens, as futuras gerações do nosso país", disse.
Também em declarações à Lusa, o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, criticou veementemente as declarações de Mário Centeno, lembrando que o OE de 2018 prevê a contabilização do tempo de serviço congelado para efeitos de carreira. "O senhor ministro não pode vir pôr em causa o Orçamento do Estado, que é lei, e vir impor que haja uma negociação desse tempo de serviço. Não pode dizer que vai cometer uma ilegalidade", alertou.
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João Dias da Silva considerou as declarações de Centeno de "inoportunas e inadequadas" uma vez que rejeitam um compromisso anteriormente assumido. E lembrou o ministro que o próximo OE "tem de abrir uma porta" para uma recuperação total de forma faseada, caso contrário os docentes voltam para a luta.
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