Imigrantes são já 10% dos trabalhadores que contribuem para a Segurança Social

No Parlamento, Ana Mendes Godinho disse que o número de trabalhadores estrangeiros que contribuem para a Segurança Social subiu quase 150% em seis anos.
Ana Mendes Godinho
António Pedro Santos/Lusa
Catarina Almeida Pereira 27 de Abril de 2022 às 10:41

O número de trabalhadores estrangeiros que contribuem para a Segurança Social subiu 148% em oito anos para um total de 473 mil pessoas, ou seja, para cerca de 10% do total de trabalhadores com descontos.

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Os dados foram apresentados esta quarta-feira pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no Parlamento, onde está a apresentar, na generalidade, o orçamento do Estado para 2022.

"Tínhamos em 2015 191 mil estrangeiros a contribuírem para a Segurança Social. Neste momento temos 473 mil", segundo dados de 2021, disse Ana Mendes Godinho. Desta forma, "10% das pessoas que estão a contribuir para a Segurança Social são cidadãos estrangeiros imigrantes que fazem parte deste esforço colectivo", concluiu.

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As contribuições dos imigrantes traduzem-se em "1300 milhões de euros", concretizou.

Já antes a ministra do Trabalho tinha dito que há 4,7 milhões de trabalhadores ativos inscritos na Segurança Social, ou seja, 77% da população ativa.

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Ana Mendes Godinho atribui o "valor recorde" de 58 mil milhões de salários declarados à Segurança Social à "criação de emprego" e às pessoas que "entraram no sistema durante a pandemia".

No entanto, é natural que o número de inscritos na Segurança Social aumente de ano para ano uma vez que todos os novos funcionários públicos contratados desde 2006 se inscrevem na Segurança Social, e não para a CGA (que é agora um grupo fechado).

Tal como o Negócios noticiou recentemente, metade dos trabalhadores do Estado estão na Segurança Social.

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1.400 refugiados encontraram emprego

Ana Mendes Godinho disse também que há 1.400 refugiados com contrato de trabalho assinado e  que 5.700 estão em cursos de língua portuguesa.

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Portugal já deu 33 mil pedidos de protecção temporária aos refugiados da guerra da Ucrânia, cerca de 21 mil com mais de 18 anos.

Notícia atualizada pelas 12:18 com o valor das contribuições dos imigrantes.

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