Pandemia trouxe mais 100 mil desempregados em Portugal
Já se sabia que os números do desemprego iriam disparar em consequência da pandemia do novo coronavírus, mas agora o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) veio quantificar a dimensão do estrago: no final do passado mês de maio, o número de desempregados fixou-se em 408.934, mais 103.763 pessoas sem emprego (um aumento de 34%) do que no período homólogo. Em relação a abril, registou-se um aumento de 16.611 desempregados (um crescimento de 4,2% entre abril e maio).
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Este aumento de mais de uma centena de milhar aconteceu sobretudo nos últimos meses, já que entre fevereiro e maio o agravamento superou os 93 mil. Em fevereiro, ainda antes da pandemia, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal era pouco superior a 315 mil.
Os números divulgados esta segunda-feira, 22 de junho, pelo IEFP indicam ainda que no fim de maio haviam chegado a esta entidade 544,351 pedidos de desemprego.
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O IEFP precisa que o aumento superior a 100 mil desempregados face a maio do ano passado foi causado por mais desempregados em todos os grupos considerados, com especial "destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário".
Mais ofertas de emprego e colocações do que em abril
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Apesar do enorme crescimento do número de desempregados e de pedidos de subsídio de desemprego observado devido à covid-19, o relatório do IEFP permite perceber que relativamente ao passado mês de abril, o mês de maio trouxe mais ofertas de emprego e colocações.
Assim, em maio foi registado um aumento de 121,9% nas ofertas de emprego (para um total de 6.971) e um crescimento de 91,6% nas colocações (total de 4.467).
Algarve domina aumento do desemprego
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Segmentando por regiões o crescimento do desemprego, conclui-se que foi no Algarve que se deu o maior agravamento, com esta região a ter um aumento de 202% de desempregados no final de maio comparativamente a igual período do ano passado. Dado que o setor do turismo foi especialmente atingido pela pandemia, é natural que seja no zona algarvia que se verifique o maior aumento de desempregados.
Em sentido inverso, no Alentejo (-1,4%) e nos Açores (-2,4%) até se registaram descidas no número de desempregados.
(Notícia atualizada)
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